Claus Schenk Graf von Stauffenberg
Claus Philipp Maria Schenk Graf von Stauffenberg - (Jettingen-Scheppach, Baviera, 15 de Novembro de 1907 — Berlim, 21 de Julho de 1944) - foi um coronel alemão da II Guerra Mundial, autor de um atentado contra Adolf Hitler em 1944. Ato conhecido como Atentado de 20 de julho.
Vida e carreira militar
Nasceu numa tradicional família católica da Baviera. Seus pais eram Alfred Schenk e Karolina Schenk.
O oficial alemão mais jovem a chegar ao posto de coronel, Stauffenberg era uma estrela em ascendência no exército (Heer) das forças armadas alemãs (Wehrmacht).
Foi ferido num ataque aéreo em 7 de abril de 1943 na campanha do norte da África quando servia no Afrika Korps. Perdeu dois dedos da mão esquerda, a mão direita e o olho esquerdo, além de graves ferimentos no joelho.
A conspiração
Stauffenberg junto com outros militares alemães que já não suportavam as ordens de Hitler organizaram um atentado à bomba contra o mesmo. Tinham em mente levar duas pastas com explosivos a uma reunião militar onde ele estaria presente. Todo projeto foi coordenado com ajuda de cúmplices onde aguardariam Stauffenberg colocar os dispositivos próximos a Hitler. Antes da explosão, ele forjaria uma saída inesperada da sala, alegando querer dar um telefonema.
Foi um dos principais articuladores deste mal sucedido atentado que tentou remover o líder nazista do poder. A tentativa de matar Hitler aconteceu em seu quartel-general, conhecido como a "Toca do Lobo" (em alemão, "Wolfsschanze") situado nas proximidades de Rastenburg (atualmente Kętrzyn, junto à aldeia à época chamada Görlitz hoje Gierłoż na Prússia Oriental, atual território da Polônia).
O fracasso
Stauffenberg carregou consigo as duas pastas com 1kg de explosivos cada uma, sendo que só conseguiu levar a sala de reunião onde ocorreu o atentado, apenas uma das bombas. Os explosivos foram preparados para simularem o efeito de uma bomba britânica. Isto foi feito para encobrir a ação dos conspiradores. Uma grande e pesada mesa de madeira protegeu o Führer da explosão.
Entre 11 feridos e 4 mortos, Hitler teve apenas ferimentos leves. Enquanto recebia socorro médico, Hitler disse: "eu sou imortal."
Horas mais tarde, Hitler recebeu Benito Mussolini no local. Este fica impressionado com os estragos causados pela explosão. Mas o líder italiano vê um bom presságio no fato de Hitler ter sobrevivido.
Traição
Este mal sucedido atentado custou a vida do Coronel von Stauffenberg e de outros conspiradores que se encontravam em Berlim. Foram traídos por um cúmplice o general Friedrich Fromm. Ao saber que Hitler tinha sobrevivido, Fromm denunciou seus companheiros como os Generais Olbricht, Hoepner, Erwin von Witzleben, o Coronel Mertz e o Tenente Häften, os quais foram fuzilados naquele mesmo dia, após julgamento sumário.
No dia seguinte, uma lista com nomes do futuro governo da Alemanha pós-Hitler foi encontrada no cofre de Fromm. Esta era a prova de que ele participara do atentado e tentativa de golpe de estado. O ministro Albert Speer, em vão, tentou interceder em seu favor. Friedrich Fromm foi condenado a morte e executado na forca em 12 de Março de 1945.
Conforme apresentado no filme The Desert Fox: The Story of Rommel, a outro suspeito de participar da conspiração, o Marechal de Campo Erwin Rommel, conhecido como a "Raposa do Deserto", foi concedida a opção de suicidar-se, de que ele fez uso.
Morte
Claus von Stauffenberg disse à sua família: "se eu conseguir, serei chamado pelo povo alemão de traidor, mas se eu não conseguir, estarei traindo minha consciência".
Atualmente Von Stauffenberg é considerado o modelo de soldado alemão pelo Bundeswehr: "um cidadão fardado".
Foi fuzilado nas primeiras horas do dia 21 de Julho de 1944 no Bendlerblock de Berlim. Diante do pelotão de fuzilamento, suas últimas palavras foram:
– "Es lebe das heilige Deutschland! (Vida Longa para a sagrada Alemanha!)"
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