segunda-feira, 20 de julho de 2009

ATENTADO CERTEIRO DA ETA NO DIA 20 DE DEZEMBRO DE 1973 COM EXPLOSÃO MONUMENTAL DE UMA BOMBA DE 100 KG DE GOMA 2,MORTE DO Nº2 DO FASCISMO ESPANHOL!

QUEM ERA O NÚMERO DOIS DO FASCISMO ESPANHOL:

Luis Carrero Blanco

Luis Carrero Blanco (Santoña, Cantábria, Espanha, 4 de Março de 1904Madrid, Espanha 20 de Dezembro de 1973). Militar e político espanhol. Ocupou diversos cargos no governo franquista; foi assassinado por ETA quando era presidente do governo de Espanha durante a etapa final dessa ditadura.

Formação

Ingressou na Escola Naval em 1918 contando com 14 anos e participou da campanha de Marrocos de 1924-1926

A Guerra Civil

Ao começar a Guerra Civil fugiu por temor a ser executado por milícias republicanas e refugiou-se nas embaixadas do México e França, até conseguir em Junho de 1937 evadir-se para a zona sublevada. Situado no comando do destróier Huesca e, posteriormente, de um submarinho, chegou a ser chefe de Operações do Estado-Maior da Marinha.

Cargos de Governo

Em 1940 redigiu um informe recomendando a neutralidade espanhola na II Guerra Mundial. Desde então tornou-se homem de confiança de Franco, foi nomeado Subsecretário (1941) e Ministro da Presidência (1951), logo Vice-presidente (1967), o que implicou um acréscimo crescente do seu peso específico no governo do Estado. No seu trabalho procurou limitar a influência dos falangistas, promoveu a modernização econômica e administrativa do Estado, embora sempre dentro do franquismo, e apoiou o planejamento da sucessão monárquica do regime, na figura de Juan Carlos I.[2]
Em Junho de 1973 foi nomeado Presidente do governo, o que fazia pensar que se tornaria no homem forte do Estado à morte do ditador e no pilar sobre o qual se sustentaria o franquismo sem Franco, mas o seu falecimento a 20 de Dezembro de 1973 num atentado perpetrado por ETA em Madrid abortou essas expetativas.

Assassinato: a "Operação Ogro"

CERTEIRA/CIRÚGICA,FORTE ROMBO NO FASCISMO ESPANHOL

"Operação Ogro" foi o nome em chave com o que ETA denominou a este magnicídio. Os membros de ETA deslocaram-se até Madrid e alugaram um porão no número 104 da Rua Claudio Coello; a partir dali escavaram um túnel até o centro da quadra, onde colocaram cerca de 100 quilogramas de Goma-2 que fizeram explorar a 20 de Dezembro de 1973 ao passo do carro de Carrero Blanco, quinze minutos antes do começo do julgamento contra dez membros do então sindicato clandestino Comissões Operárias, conhecido como “Processo 1001”.
A explosão, que acabou com a vida de Carrero Blanco, foi tão violenta que o carro voou pelos ares e caiu na açotéia de um edifício anexo à igreja onde assistira à missa momentos antes. Também faleceram outras duas pessoas, o inspetor de Polícia José Antonio Bueno Fernández, e o condutor do veículo, José Luis Pérez Mogena.
Carreiro Blanco, em que pese a ter sido advertido da possibilidade de sofrer um atentado[4] recusara aumentar as suas escassas medidas de segurança; o seu horário e os seus itinerários eram invariáveis e o carro no que se deslocava não estava blindado.
O objetivo do atentado, segundo indicava o comunicado no que ETA assumia a sua autoria, era intensificar as divisões então existentes no seio do regime franquista entre os "aberturistas" e os "puristas". Segundo declarações posteriores de Txikia, um dos membros do comando, Carrero Blanco era "uma peça fundamental" e "insubstituível" do regime e representava o "franquismo puro":

A execução em si tinha um alcance e uns objetivos claríssimos. A partir de 1951 Carrero ocupou praticamente a chefia do Governo no Regime. Carreiro simbolizava melhor que ninguém a figura do «franquismo puro» e sem se ligar totalmente a nenhuma das tendências franquistas, visava pujar solapadamente o Opus Dei ao poder. Homem sem escrúpulos, montou conscienciosamente o seu próprio Estado dentro do Estado: criou uma rede de informadores dentro dos Ministérios, do Exército, da Falange e mesmo dentro do próprio Opus Dei. Sua polícia conseguiu meter-se em todo o aparato franquista. Foi tornando-se assim no elemento chave do sistema e numa peça fundamental do jogo político da oligarquia. Por outro lado, chegou a ser insubstituível pela sua experiência e capacidade de manobra e porque ninguém conseguia como ele manter o equilíbrio interno do franquismo […]

A complexidade do atentado fez suspeitar que talvez outras organizações estiveram implicadas, estando a CIA entre as mais mencionadas, o que foi desmentido pelos próprios autores do atentado.
A única pessoa que supostamente viu o conhecido como "homem da gabardina branca" que entregou os horários e rotas de Carrero Blanco no "Hotel Mindanao" de Madrid, faleceu em 1978 a mãos de uma organização paramilitar, o (Batalhão Basco-Espanhol). Assim mesmo, um dos supostos autores materiais do atentado foi assassinado pouco depois.

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