terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

JOÃO CÉSAR MONTEIRO,O MAIOR CINEASTA PORTUGUÊS,DETENTOR DE UMA ANARKIA POÉTICA SEM LIMITE NAS SUAS PELÍCULAS E VIDA REAL,EU AINDA O CONHECI EM PESSOA.

AS SUAS PELÍCULAS ANARKISTAS SÃO A SAUDÁVEL SARCÁTISCA E CONTROLADA LOUCURA




O MAIOR CINEASTA PORTUGUÊS JOÃO CÉSAR MONTEIRO,INSERIA NOS SEUS FILMES UMA ANARKIA DESTRAVADA SEM LEI E SEM LIMITE.

João César Monteiro

João César Monteiro das Neves (Figueira da Foz, 2 de Fevereiro de 1939 — Lisboa, 3 de Fevereiro de 2003) foi um cineasta português. Integrou o grupo de jovens realizadores que se lançaram no movimento do Novo Cinema. Irreverente e imprevisível, fez-se notar como crítico mordaz de cinema nos anos sessenta.

Prossegue a tradição iniciada por Manoel de Oliveira (Acto da Primavera) ao introduzir no cinema português de ficção o conceito de antropologia visual — Veredas e Silvestre (filme) —, tradição amplamente explorada no documentário por outros cineastas portugueses como António Campos, António Reis, Ricardo Costa, Noémia Delgado ou, mais tarde e noutro registo, Pedro Costa.

Segue um percurso original que lhe facilita o reconhecimento internacional. Várias das suas obras são representadas e premiadas em festivais internacionais como o Festival de Cannes e o Festival de Veneza (Leão de Prata: Recordações da Casa Amarela).


Biografia


Pertence a uma família da burguesia rural, anti-clerical e anti-salazarista. Aos quinze anos, para prosseguir os estudos liceais, transfere-se com a família para Lisboa, a "capital do Império".

É dos poucos cineastas associados ao movimento do novo cinema que não prossegue estudos universitários. A propósito, o seu alter-ego, no filme Fragmentos de um Filme Esmola (1973), explica-se assim: «A escola é a retrete cultural do opressor».

Começa a trabalhar como assistente de realização de Perdigão Queiroga. Em 1963, graças a uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, vai para a Grã-Bretanha estudar na London School of Film Technique. De volta a Portugal, em 1965, inicia a rodagem do que viria a ser a sua primeira obra: Quem espera por sapatos de defunto morre descalço. O filme só será concluído cinco anos depois, como média-metragem.

A sua obra, polémica e dificilmente classificável, caracteriza-se pelo lirismo, em forma de filmes-poema. A sua veia satírica como realizador tem sido objecto de estudo para portugueses e estrangeiros, críticos e académicos. João César Monteiro, que tem sérios detractores, é conhecido como um dos mais importantes realizadores portugueses.

Filmografia


Longas-metragens


Fragmentos de Um Filme Esmola, A Sagrada Família (A Sagrada Família - 1972)
Que Farei Eu com Esta Espada? (1975)
Veredas (1978)
Silvestre (1982)
À Flor do Mar (1986)
Recordações da Casa Amarela (1989)
O Último Mergulho (1992)
A Comédia de Deus (1995)
Le Bassin de John Wayne (1997)
As Bodas de Deus (1999)
Branca de Neve (2000)
Vai e Vem (2003)

Curtas e médias-metragens

Quem Espera por Sapatos de Defunto Morre Descalço (1971)
Sophia de Mello Breyner Andresen (filme) - 1972
Amor de Mãe (1975)
O Amor das Três Romãs (1979)
Os Dois Soldados (1979)
O Rico e o Pobre (1979)
O Bestiário (1995)
Lettera Amorosa (1995)
Passeio com Johnny Guitar (1995)

Como produtor

Quem Espera por Sapatos de Defunto Morre Descalço (1971)
O Amor das Três Romãs (1979)
À Flor do Mar (1986)


Como actor


Vai e Vem (2003)
As Bodas de Deus (1999)
Le Bassin de J.W. (1997)
A Comédia de Deus (1995)
O Bestiário ou o Cortejo de Orpheu (1995)
Lettera Amorosa (1995)
Passeio com Johnny Guitar (1995)
Rosa Negra, de Margarida Gil (1992)
Paroles, de Anne Benhaïem (1992)
Conserva Acabada (1990)
Recordações da Casa Amarela (1989)
Relação Fiel e Verdadeira, de Margarida Gil (1989)
Doc's Kingdom, de Robert Kramer (1987)
À Flor do Mar (1986)
A Estrangeira, de João Mário Grilo (1983)
Amor de Perdição, de Manoel de Oliveira (1979)


Escritos

Livros

Corpo Submerso (1959)
Morituri te Salutant (1974)
Le Bassin de John Wayne (1998)
As Bodas de Deus (1998)
Uma Semana Noutra Cidade (1999)
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