segunda-feira, 23 de novembro de 2009

PARABÉM HERBERTO HÉLDER DESDE 23 11 1930 ATÉ 23 11 2009!ÉS DO MELHOR,TENS UMA VEIA ANARKISTA E ISSO É DE UMA IMPORTÂNCIA EXTREMA!ÉS UM SER ÚNICO!



Herberto Hélder

Herberto Helder
Nome completo Herberto Helder Luís Bernardes de Oliveira
Nascimento 23 de Novembro de 1930 (79 anos)
Funchal
Nacionalidade Portuguesa
Ocupação Escritor, poeta

Principais trabalhos Os Passos em Volta; A Colher na Boca; Photomaton & Vox; Ou o Poema Contínuo



Herberto Hélder Luís Bernardes de Oliveira (Funchal, 23 de Novembro de 1930) é um escritor português de ascendência judaica.[1]

Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tendo trabalhado em Lisboa como jornalista, bibliotecário, tradutor e apresentador de programas de rádio. Viajou por diversos países da Europa realizando trabalhos corriqueiros, sem nenhuma relação com a literatura e foi redactor da revista Notícia em Luanda, Angola, em 1971, onde sofreu um acidente grave.

É considerado um dos mais originais poetas vivos de língua portuguesa. É uma figura misantropa, e em torno de si paira uma atmosfera algo misteriosa uma vez que recusa prémios e se nega a dar entrevistas. Em 1994 foi o vencedor do Prémio Pessoa que recusou. É pai do jornalista Daniel Oliveira.

A sua escrita começou por se situar no âmbito de um surrealismo tardio. Escreveu "Os Passos em Volta", um livro que através de vários contos, sugere as viagens deambulatórias de uma personagem por entre cidades e quotidianos, colocando ao mesmo tempo incertezas acerca da identidade própria de cada ser humano (ficção); "Photomaton e Vox", é uma colectânea de ensaios e textos e também de vários poemas. "Poesia Toda" é o título de uma antologia pessoal dos seus livros de poesia que tem sido depurada ao longo dos anos. Na edição de 2004 foram retiradas da recolha suas traduções. Alguns dos seus livros desapareceram das mais recentes edições da Poesia Toda, rebatizada Ofício Cantante, nomeadamente Vocação Animal e Cobra.

A crítica literária aproxima sua linguagem poética do universo da Alquimia, da mística, da Mitologia edipiana e da Imago da Mãe.

Obra
Poesia

Poesia – O Amor em Visita (1958)
A Colher na Boca (1961)
Poemacto (1961)
Retrato em Movimento (1967)
O Bebedor Nocturno (1968)
Vocação Animal (1971)
Cobra & etc. (1977)
O Corpo o Luxo a Obra (1978)
Photomaton & Vox (1979)
Flash (1980)
A Cabeça entre as Mãos (1982)
As Magias (1987)
Última Ciência (1988)
Do Mundo, (1994)
Poesia Toda (1º vol. de 1953 a 1966; 2º vol. de 1963 a 1971) (1973)
Poesia Toda (1ª ed. em 1981)
A Faca Não Corta o Fogo - Súmula & Inédita (2008)
Ofício Cantante (2009)

Ficção

Os Passos em Volta (1963)
Apresentação do Rosto (1968).
A Faca Não Corta o Fogo(2008).


O AMOR EM VISITA

Dai-me uma jovem mulher com sua harpa de sombra
e seu arbusto de sangue. Com ela
encantarei a noite.
Dai-me uma folha viva de erva, uma mulher.
Seus ombros beijarei, a pedra pequena
do sorriso de um momento.
Mulher quase incriada, mas com a gravidade
de dois seios, com o peso lúbrico e triste
da boca. Seus ombros beijarei.

Cantar? Longamente cantar,
Uma mulher com quem beber e morrer.
Quando fora se abrir o instinto da noite e uma ave
o atravessar trespassada por um grito marítimo
e o pão for invadido pelas ondas,
seu corpo arderá mansamente sob os meus olhos palpitantes
ele - imagem inacessível e casta de um certo pensamento
de alegria e de impudor.

Seu corpo arderá para mim
sobre um lençol mordido por flores com água.
Ah! em cada mulher existe uma morte silenciosa;
e enquanto o dorso imagina, sob nossos dedos,
os bordões da melodia,
a morte sobe pelos dedos, navega o sangue,
desfaz-se em embriaguez dentro do coração faminto.
- Ó cabra no vento e na urze, mulher nua sob
as mãos, mulher de ventre escarlate onde o sal põe o espírito,
mulher de pés no branco, transportadora
da morte e da alegria.

Dai-me uma mulher tão nova como a resina
e o cheiro da terra.
Com uma flecha em meu flanco, cantarei.

E enquanto manar de minha carne uma videira de sangue,
cantarei seu sorriso ardendo,
suas mamas de pura substância,
a curva quente dos cabelos.
Beberei sua boca, para depois cantar a morte
e a alegria da morte.

Dai-me um torso dobrado pela música, um ligeiro
pescoço de planta,
onde uma chama comece a florir o espírito.
À tona da sua face se moverão as águas,
dentro da sua face estará a pedra da noite.
- Então cantarei a exaltante alegria da morte.

Nem sempre me incendeiam o acordar das ervas e a estrela
despenhada de sua órbita viva.

- Porém, tu sempre me incendeias.
Esqueço o arbusto impregnado de silêncio diurno, a noite
imagem pungente
com seu deus esmagado e ascendido.
- Porém, não te esquecem meus corações de sal e de brandura.

Entontece meu hálito com a sombra,
tua boca penetra a minha voz como a espada
se perde no arco.
E quando gela a mãe em sua distância amarga, a lua
estiola, a paisagem regressa ao ventre, o tempo
se desfibra - invento para ti a música, a loucura
e o mar.

Toco o peso da tua vida: a carne que fulge, o sorriso,
a inspiração.
E eu sei que cercaste os pensamentos com mesa e harpa.
Vou para ti com a beleza oculta,
o corpo iluminado pelas luzes longas.
Digo: eu sou a beleza, seu rosto e seu durar. Teus olhos
transfiguram-se, tuas mãos descobrem
a sombra da minha face. Agarro tua cabeça
áspera e luminosa, e digo: ouves, meu amor?, eu sou
aquilo que se espera para as coisas, para o tempo -
eu sou a beleza.
Inteira, tua vida o deseja. Para mim se erguem
teus olhos de longe. Tu própria me duras em minha velada beleza.

Então sento-me à tua mesa. Porque é de ti
que me vem o fogo.
Não há gesto ou verdade onde não dormissem
tua noite e loucura,
não há vindima ou água
em que não estivesses pousando o silêncio criador.
Digo: olha, é o mar e a ilha dos mitos
originais.
Tu dás-me a tua mesa, descerras na vastidão da terra
a carne transcendente. E em ti
principiam o mar e o mundo.

Minha memória perde em sua espuma
o sinal e a vinha.
Plantas, bichos, águas cresceram como religião
sobre a vida - e eu nisso demorei
meu frágil instante. Porém
teu silêncio de fogo e leite repõe
a força maternal, e tudo circula entre teu sopro
e teu amor. As coisas nascem de ti
como as luas nascem dos campos fecundos,
os instantes começam da tua oferenda
como as guitarras tiram seu início da música nocturna.

Mais inocente que as árvores, mais vasta
que a pedra e a morte,
a carne cresce em seu espírito cego e abstracto,
tinge a aurora pobre,
insiste de violência a imobilidade aquática.
E os astros quebram-se em luz sobre
as casas, a cidade arrebata-se,
os bichos erguem seus olhos dementes,
arde a madeira - para que tudo cante
pelo teu poder fechado.
Com minha face cheia de teu espanto e beleza,
eu sei quanto és o íntimo pudor
e a água inicial de outros sentidos.

Começa o tempo onde a mulher começa,
é sua carne que do minuto obscuro e morto
se devolve à luz.
Na morte referve o vinho, e a promessa tinge as pálpebras
com uma imagem.
Espero o tempo com a face espantada junto ao teu peito
de sal e de silêncio, concebo para minha serenidade
uma ideia de pedra e de brancura.
És tu que me aceitas em teu sorriso, que ouves,
que te alimentas de desejos puros.
E une-se ao vento o espírito, rarefaz-se a auréola,
a sombra canta baixo.

Começa o tempo onde a boca se desfaz na lua,
onde a beleza que transportas como um peso árduo
se quebra em glória junto ao meu flanco
martirizado e vivo.
- Para consagração da noite erguerei um violino,
beijarei tuas mãos fecundas, e à madrugada
darei minha voz confundida com a tua.

Oh teoria de instintos, dom de inocência,
taça para beber junto à perturbada intimidade
em que me acolhes.

Começa o tempo na insuportável ternura
com que te adivinho, o tempo onde
a vária dor envolve o barro e a estrela, onde
o encanto liga a ave ao trevo. E em sua medida
ingénua e cara, o que pressente o coração
engasta seu contorno de lume ao longe.
Bom será o tempo, bom será o espírito,
boa será nossa carne presa e morosa.
- Começa o tempo onde se une a vida
à nossa vida breve.

Estás profundamente na pedra e a pedra em mim, ó urna
salina, imagem fechada em sua força e pungência.
E o que se perde de ti, como espírito de música estiolado
em torno das violas, a morte que não beijo,
a erva incendiada que se derrama na íntima noite
- o que se perde de ti, minha voz o renova
num estilo de prata viva.

Quando o fruto empolga um instante a eternidade
inteira, eu estou no fruto como sol
e desfeita pedra, e tu és o silêncio, a cerrada
matriz de sumo e vivo gosto.
- E as aves morrem para nós, os luminosos cálices
das nuvens florescem, a resina tinge
a estrela, o aroma distancia o barro vermelho da manhã.
E estás em mim como a flor na ideia
e o livro no espaço triste.

Se te apreendessem minhas mãos, forma do vento
na cevada pura, de ti viriam cheias
minhas mãos sem nada. Se uma vida dormisses
em minha espuma,
que frescura indecisa ficaria no meu sorriso?
- No entanto és tu que te moverás na matéria
da minha boca, e serás uma árvore
dormindo e acordando onde existe o meu sangue.

Beijar teus olhos será morrer pela esperança.
Ver no aro de fogo de uma entrega
tua carne de vinho roçada pelo espírito de Deus
será criar-te para luz dos meus pulsos e instante
do meu perpétuo instante.
- Eu devo rasgar minha face para que a tua face
se encha de um minuto sobrenatural,
devo murmurar cada coisa do mundo
até que sejas o incêndio da minha voz.

As águas que um dia nasceram onde marcaste o peso
jovem da carne aspiram longamente
a nossa vida. As sombras que rodeiam
o êxtase, os bichos que levam ao fim do instinto
seu bárbaro fulgor, o rosto divino
impresso no lodo, a casa morta, a montanha
inspirada, o mar, os centauros do crepúsculo
- aspiram longamente a nossa vida.

Por isso é que estamos morrendo na boca
um do outro. Por isso é que
nos desfazemos no arco do verão, no pensamento
da brisa, no sorriso, no peixe,
no cubo, no linho, no mosto aberto
- no amor mais terrível do que a vida.

Beijo o degrau e o espaço. O meu desejo traz
o perfume da tua noite.
Murmuro os teus cabelos e o teu ventre, ó mais nua
e branca das mulheres. Correm em mim o lacre
e a cânfora, descubro tuas mãos, ergue-se tua boca
ao círculo de meu ardente pensamento.
Onde está o mar? Aves bêbedas e puras que voam
sobre o teu sorriso imenso.
Em cada espasmo eu morrerei contigo.

E peço ao vento: traz do espaço a luz inocente
das urzes, um silêncio, uma palavra;
traz da montanha um pássaro de resina, uma lua
vermelha.
Oh amados cavalos com flor de giesta nos olhos novos,
casa de madeira do planalto,
rios imaginados,
espadas, danças, superstições, cânticos, coisas
maravilhosas da noite. Ó meu amor,
em cada espasmo eu morrerei contigo.

De meu recente coração a vida inteira sobe,
o povo renasce,
o tempo ganha a alma. Meu desejo devora
a flor do vinho, envolve tuas ancas com uma espuma
de crepúsculos e crateras.

Ó pensada corola de linho, mulher que a fome
encanta pela noite equilibrada, imponderável -
em cada espasmo eu morrerei contigo.

E à alegria diurna descerro as mãos. Perde-se
entre a nuvem e o arbusto o cheiro acre e puro
da tua entrega. Bichos inclinam-se
para dentro do sono, levantam-se rosas respirando
contra o ar. Tua voz canta
o horto e a água - e eu caminho pelas ruas frias com
o lento desejo do teu corpo.
Beijarei em ti a vida enorme, e em cada espasmo
eu morrerei contigo.

Herberto Helder


sábado, 14 de novembro de 2009

Nina Hagen - Pank {Acoustic Live 1979}.É UMA DESBUNDA ESTA PUNK ROCKER VEGANA DA EX RDA,NINA HAGEN QUE CONHECI EM 1982!



NINA HAGEN A DIVA DO PUNK ROCK QUE DESCOBRI EM 1982 COM O DISCO SAÍDO NESSE ANO "NUNSEXMONKROCK",UM DISCO CARREGADO DE UM PUNK ROCK MUITO DURO E COM FOGO DA POTENTE E ÉPICA VOZ DE NINA.


Pank

Nina Hagen

Você não pode acabar comigo!
Não importa o quanto você se esforce!
Você sabe que não é capaz!
É demais para mim, não agüento mais!

Você quer que eu seja como as outras
Não,não,seu safado!
Você não consegue perceber que eu não sou mais a mesma?
Sai daqui,seu merda!

Já chega:
Garotas são como as Sexy Sadies
Elas são a mãe da escória
E gatas têm garras afiadas

Eu não vou mais lavar as sua meias fedorentas, calças, camisetas
Não me toque
Estou farta da sua catapora,cachos,gonorréia,...


Eu não vou lhe dar filhos
Então deixe na minha penteadeira um batom
Que eu irei para as ruas trabalhar com a Senhora Holle
Em uma frase:Você me enoja!

Eu não sou sua máquina sexual
Ha,ha,essa é a minha gargalhada!
Querido,eu tenho que ir
Tchau,tchau, seu porco!

Pank


Unterdrücken, das kannst du mich nicht
Auch wenn du es immer die ganze Zeit versuchst
Du weisst, das ich glaub, du bist nicht ganz dich
Mir is das jetzt zu viel und ich hab genug

Du willst mich so wie alle sind
Nein nein du altes Schwein
Du merkst nicht, das ich anders bin
Hau ab, you full of crap!

Das lass ich mir nich länger gefalln
Die Mädchen sind die Sexie Sadies
Sie sind die Mutter für den Staub
Und Katzen haben scharfe Krallen

Ich wasch nich deine Käsesocken
Hosen. T-shirts.
Fass mich nicht an
Verischt auf deine Pocken. Locken. Gonokokken.

Ich schenk dir keine Kinder zum Zeitvertreib
Leg mir lieber Puder kamm und Lippenstift bereit
Dann geh ich mit Frau Holle auf'n strich
Kurzgesagt: du bist mir einfach widerlich

Ich bin nich deine Fickenmaschine
Spritz spritz das ist'n Witz aeh
Schätzchen, wir müssen ausnanda geh'n
Tschau tschau du alte sau!!!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

The Kinks - Low Budget.OS KINKS AO VIVO EM PROVIDENCE EM 1979,HÁ MAIS DE 30 ANOS ATRÁS,COM UMA ENERGIA SEMPRE SAUDÁVEL DE RAY DAVIES E SEUS PARES!




The Kinks live from 9-23-79 in Providence, RI

JOSÉ MÁRIO BRANCO DISCIPULO Nº1 DO JOSÉ AFONSO,SEM MENOSPREZAR O SÉRGIO E FAUSTO,FOSTE E ÉS O MELHOR DOS MELHORES PARA MIM GRANDE POETA DA HUMILDADE!





Sábado, Outubro 24, 2009




Três Cantos, Um Concerto




José Mário Branco, Sérgio Godinho e Fausto em concerto no Campo Pequeno, Lisboa.




Salas cheias nos dias 22 e 23 de Outubro




Em 23 de Outubro de 2009, excelente concerto, magníficos arranjos, muito bons músicos!
Alinhamento de canções/cantores:




Os três cantores, com a banda




1. Guerra e Paz (letra e música de Sérgio Godinho; "Era Uma Vez um Rapaz", 1985)




2. Travessia do Deserto (l. e m. José Mário Branco; "Ser Solidário", 1982)




3. Como um Sonho Acordado (l. e m. Fausto; "Por Este Rio Acima", 1982)
José Mário Branco e Sérgio Godinho




4. Barca dos Amantes (l. Sérgio Godinho, m. Milton Nascimento; "Coincidências", 1983)
José Mário Branco (com Carlos Bica e José Peixoto)




5. Onofre (l. e m. José Mário Branco; "Resistir é Vencer", 2004)




6. Emigrantes da Quarta Dimensão - Carta a J.C.- (l. e m. José Mário Branco; "Correspondências", 1990)
José Mário Branco e Fausto




7. Mariazinha l. e m. José Mário Branco; "Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades", 1971)
Fausto




8. Eis Aqui o Agiota (l. e m. Fausto; "A Ópera Mágica do Cantor Maldito", 2003)




9. Adeus Orelhas de Abano (l. e m. Fausto; "A Ópera Mágica do Cantor Maldito", 2003)




10. A Nova Brigada dos Coronéis de Lápis Azul (l. e m. Fausto; "A Ópera Mágica do Cantor Maldito", 2003)
Sérgio Godinho




11. O Velho Samurai (l. e m. Sérgio Godinho; "Ligação Directa", 2006)




12. Cuidado com as Imitações (l. e m. Sérgio Godinho; "Campolide", 1979)




13. O Primeiro Dia (l. e m. Sérgio Godinho; "Pano-Cru", 1978)
José Mário Branco e Sérgio Godinho




14. Se tu Fores Ver o Mar (Rosalinda) l. e m. Fausto; "Madrugada dos Trapeiros", 1977)
Os três cantores




15. Quatro Quadras Soltas (l.e m. Sérgio Godinho; "Campolide" 1979)
Os três cantores sem banda




16. Canto dos Torna-Viagem (l. e m. José Mário Branco; "Resistir é Vencer", 2004)




17. A Ilha (l. e m. Fausto; "Por Este Rio Acima", 1982"18. Não Canto Porque Sonho (l. Eugénio de Andrade, m. Fausto e António Pedro Braga; "P’ró que Der e Vier", 1974)




19. O Charlatão (l. Sérgio Godinho, m. José Mário Branco; "Sobreviventes", 1971, e "Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades", 1971)
Os três cantores, com a banda




20. De Não Saber o que me Espera (l. e m. José Afonso; "Fura Fura", 1979)




21. Ser Solidário (l. e m. José Mário Branco; "Ser Solidário", 1982)




22. O Retorno das Audácias (inédita)




23. Olha o Fado (l. e m. Fausto, "Por Este Rio Acima", 1982)




24. Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades (l. Luís de Camões; m. Fausto; "Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades", 1971)




25. Foi por Ela (l. e m. Fausto; "Para Além das Cordilheiras", 1987)




26. Que Força É Essa l. e m. Sérgio Godinho; "Os Sobreviventes", 1971




27. Hino da Confederação (l. e m. Sérgio Godinho e Fausto; "A Confederação", 1978)




1º encore:




28. Maré Alta (l. e m. Sérgio Godinho; "Os Sobreviventes", 1971)




29. Inquietação (l. e m. José Mário Branco; "Ser Solidário", 1982)




2º encore:




30. Na Ponta do Cabo (l. e m. Fausto; "Crónicas da Terra Ardente", 1994)
Fez falta dançar!




FALTOU ESTA MÚSICA: DO DISCO "A MÃE 12 CANÇÕES DE JOSÉ MÁRIO BRANCO"DE 1978,REEDITADO EM CD EM 1996,ESTA É 9ª MÚSICA DESTE GENIAL DISCO,DAS LETRAS MAIS PURAS QUE CONHEÇO!




"NADA OS SALVARÁ"




ELES TÊM AS SUAS LEIS,CÓDIGOS, DECRETOS




EDITAIS E PORTARIAS




ELES TÊM AS PRISÕES E AS FORTALEZAS




SEM CONTAR AS TUTORIAS




TÊM CARCEREIROS E JUÍZES




QUE SÃO PAGOS COM BOM DINHEIRO




E ESTÃO DISPOSTOS A TUDO




MAS DE QUE LHES SERVIRÃO TANTAS MENTIRAS?




UM MINUTO ANTES DO FIM




VERÃO QUE JÁ ESTÃO PERDIDOS




QUE NADA OS SALVARÁ!




ELES TÊM FOLHETINS,TELEVISÃO E RÁDIO




OS JORNAIS E AS REVISTAS




ELES TÊM OS DIPLOMAS E O PAPEL SELADO




SEM CONTAR OS ESTADISTAS




OS PADRES E OS SENHORES DOUTORES




QUE SÃO PAGOS COM BOM DINHEIRO




E ESTÃO PRONTOS A TUDO




MAS DE QUE LHES SERVIRÃOTANTAS MENTIRAS?




UM MINUTO ANTES DO FIM




VERÃO QUE JÁ ESTÃO PERDIDOS




QUE NADA OS SALVARÁ!




UM MINUTO ANTES DO FIM




VERÃO QUE JÁ ESTÃO PERDIDOS




QUE NADA OS SALVARÁ!




ELES TÊM OS CANHÕES E AS METRALHADORAS




AS CHAIMITES E AS GRANADAS




ELES TÊM CAPACETES E ESPINGARDAS




SEM CONTAR AS BASTONADAS




TÊM OS POLÍCIAS E OS GUARDAS




QUE PAGAM COM POUCO DINHEIRO




MAS ESTÃO PRONTOS A TUDO




MAS DE QUE LHES SERVIRÁ




TAMANHO ARSENAL?




UM MINUTO ANTES DO FIMVERÃO QUE JÁ ESTÃO PERDIDOS




QUE NADA OS SALVARÁ!




JOSÉ MÁRIO BRANCO