quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

BENDITA SEJAS LINDA PATUSKINHA QUE FOSTE FISICAMENTE PARA O INFINITO,ONTEM DIA 9 12 2009,ONDE ESTIVERES TE AMO LINDA,MEU AMOR TRICOLOR

PATUSKINHA CONNOSCO DESDE 12 2 2006 ATÉ 9 12 2009,TINHA DEZ PRIMAVERAS
ONTEM DIA 9 DE DEZEMBRO DE 2009 PELAS 19 HORAS E TRINTA MINUTOS FOMOS AO HOSPITAL VETERINÁRIO AQUI BEM NO CORAÇÃO DE LISBOA BUSCAR A NOSSA QUERIDA PATUSKINHA,DEPOIS DE UM DIA A SORO NO MESMO HOSPITAL PARA COLMATAR A GRAVE INSUFICIÊNCIA RENAL QUE POSSUÍA,PARA ALÉM DO FELV ASSASSINO E CRIMINOSO.COMO JÁ TÍNHAMOS DESPENDIDO IMENSO DINHEIRO QUE NÃO LAMENTO,POIS QUE SE LIXE A PORCARIA DO DINHEIRO,QUE DESAPAREÇA TODO DO PLANETA DE VEZ PARA SEMPRE,QUE SEJA DERRETIDO,INCENDIADO,DESTRUÍDO,PORQUE O QUE INTERESSAVA MESMO ERA MANTER VIVA,EMBORA COM MUITA DIFICULDADE A PATUSKINHA,PORQUE A ASSISTÊNCIA EMBORA MARAVILHOSA NO HOSPITAL VETERINÁRIO ONDE FOI ASSISTIDA DIVERSAS VEZES É MAIS QUE EXCELENTE,MAS MUITO ELEVADA PARA O NOSSO ORÇAMENTO,POIS DEVERIA SE PAGAR CONSOANTE A ECONOMIA DE CADA UM,É ISTO NÃO SÓ NESTE PARÂMETRO QUE ME REVOLTA,QUEM GANHA 500 POR EXEMPLO PAGA 100,QUEM GANHA 50000 PAGA O MESMO,POR ESTAS E POR OUTRAS NÃO SÓ DEFENDO ANARKIA OBREIRA,CONSTRUTIVA,IGUALITÁRIA,LIBERTÁRIA,PORQUE ASSIM JAMAIS HAVERÁ UNS COM TUDO,NÃO FAZENDO NADA,OUTROS,A MAIORIA COM POUCO A QUE OS PRIMEIROS DEVEM QUASE TUDO,VISTO QUE É UMA CANALHA QUE NÃO PRODUZ NADA,CONTRARIAMENTE AOS ÚLTIMOS QUE TRABALHAM DURAMENTE,MAS QUE O SEU ORÇAMENTO NÃO PASSA DA CEPA TORTA.ENTÃO É ASSIM:

A NINGUÉM FALTAVA O PÃO
SE ESTE DEVER SE CUMPRISSE
GANHARMOS EM RELAÇÃO
COM O QUE SE PRODUZISSE

ISTO É DO MAIS ANARKIKO QUE EXISTE.E É ESTE QUE TEM DE SER O CAMINHO UM DOS VEIOS PARA A ANARKIA,QUE MUITO CONTRARIAMENTE ÀQUILO QUE A GENTE MANIPULADA PELA ESTUPIDEZ,IGNORÂNCIA E DESCONHECIMENTO PENSAM SER A DESORDEM,PURO E LITERAL ENGANO E ERRO,É PRECISAMENTE O CONTRÁRIO DE TUDO ISSO,É A ORDEM,O COSMOS,A LUZ,O BEM COMUM,A PERFEIÇÃO QUASE INATINGÍVEL,É A PUREZA.ASSISTIMOS À MORTE FÍSICA DA PATUSKA EM DIRECTO APÓS UMA PARAGEM CARDÍACA,DEPOIS DE SER DESLIGADA DO SORO,FOI UM MOMENTO DE CONSTERNAÇÃO DA MINHA PARTE,SOLTARAM SE ME AS LÁGRIMAS,OS SUSPIROS,DEPOIS OS GRITOS,DEI UNS MURROS NUMA BARRA DE MADEIRA,MAS NEM SENTI A DOR,QUANDO CHEGÁMOS A CASA,A MINHA EMOÇÃO CONTINUAVA TANTO AO RUBRO,QUE TIVE DE SAIR EM LÁGRIMAS ATÉ CASA DE UM GRANDE AMIGO AQUI DE LISBOA,O GRAND POET DOS NÚMEROS E TAMBÉM TIGRE DAS MATEMÁTICAS,QUE TEM UMA GATINHA MUITO LINDA AINDA BEBÉ, A TICA NASCIDA A 3 DE MAIO DE 2009.PERDER FISICAMENTE A PATUSKA,QUE ESTAVA CONNOSCO DESDE 12 DE FEVEREIRO DE 2006,FOI MAIS QUE UM REVÉS,FOI UMA PERDA IRREPARÁVEL,DESDE AQUELA NOITE QUE JUNTO A UM CAIXOTE DO LIXO NUMA ALDEIA DO CONCELHO DE CASTELO BRANCO ONDE QUASE TODOS OS FINS DE SEMANA VOU DAR DE COMER AOS GAT@S VADI@S,NESSA NOITE GÉLIDA DE FEVEREIRO TROUXEMOS DE LÁ A PATUSKA,QUE VINHA GRÁVIDA DE QUATRO GATINHOS QUE NASCERAM AQUI NA NOSSA CASA EM LISBOA A 30 DE MARÇO DE 2006,O BIBI,O GORDINHO E A BRANQUINHA E UM OUTRO QUE MORREU À NASCENÇA,E JÁ HAVIA E HÁ A PRINCESA,O ARTUR,A XANINHA E A PATINHA.NESTES ÚLTIMOS DIAS DE VIDA A PATUSKINHA,QUE ERA SELVAGEM QUASE NINGUÉM LHE CONSEGUIA FAZER UMA FESTA E SE APROXIMAVA DE NÓS,VINHA SE DEITAR NA CAMINHA DEBAIXO DOS COBERTORES PARA FICAR QUENTINHA E RECEBER O CALOR HUMANO.LEMBRO AQUI UMA HISTÓRIA CONTADA POR UM ESCRITOR DA NOSSA PRAÇA,QUE SE DIZ DE ESQUERDA COMO QUASE TODOS,MAS SÓ DA DOS INTERESSES,E DOS BURGUESES,QUE NUMA ENTREVISTA CONTOU QUE OS AVÓS SE DEITAVAM NA CAMA COM OS PORQUINHOS PARA ESTES NÃO MORREREM DE FRIO.A PATUSKA QUE SEMPRE FOI SELVAGEM COMO UM TIGRE,NESTES SEUS ÚLTIMOS DIAS NÃO NOS LARGAVA,E SEMPRE CORRESPONDEMOS COM AMOR MUITO AMOR,AO JEITO DESSE GRANDE MAHATMA GANDHI,ESSA GRANDE ALMA QUE ME ILUMINA E ILUMINARÁ SEMPRE,PESE EMBORA A MINHA SENSIBILIDADE E FRAGILIDADE HUMANA SEJAM EXTREMAS.PORQUE NÃO É SÓ ENTRE OS HUMANOS DE SEXOS OPOSTOS OU DO MESMO QUE HÁ AMOR,OU NO PLANO SEXUAL QUE ISSO QUALQUER PAR FAZ,PORQUE O AMOR PARA SER UM TODO,TERÁ DE O SER CÓSMICO,UNIVERSAL,SEM BARREIRAS,OBSTÁCULOS OU MUROS,EXTENSIVO A PESSOAS,PLANTAS E ANIMAIS,EMBORA AS PESSOAS PARA MIM,NÃO TÊM ESTE AMOR TÃO SENSÍVEL PARA DAR COMO NOS DEU A PATUSKA NOS SEUS ÚLTIMOS DIAS DE VIDA FÍSICA,PORQUE PARA QUEM NÃO COMPREENDE ESTE RACIOCÍNIO,NÃO SE TRATA APENAS DE UM ANIMAL,MAS DE UM SER VIVO,QUE FRAGILIZADO COM A SUA DOENÇA,PROCUROU O CALOR HUMANO PARA NÃO SE SENTIR SÓ,PORQUE QUANDO ELA TINHA SETE VIDAS,NINGUÉM LHE CONSEGUIA PEGAR,E PORQUÊ?DEVIDO A SER UMA BICHINHA MUITO ASSUSTADIÇA E COM MEDO DAS BARBARIDADES DOS HUMANOS QUE NÃO O SÃO,MAS SIM PIORES QUE MONSTROS PRÉ HISTÓRICOS.PATUSKINHA ESTÁS E ESTARÁS SEMPRE CONNOSCO PARA SEMPRE,EM LÁGRIMAS DE EMOÇÃO E DE ALEGRIA TE PRESTAMOS TODOS OS DIAS HOMENAGEM PELO AMOR QUE SOUBESTE DAR,ESSE AMOR INFINITO,QUE GRANDE PARTE DOS HUMANOS NÃO O SABE DAR,MAS SIM FACADAS E GOLPES,EU COM ISTO PARECE QUE JÁ FUI ESFAQUEADO VÁRIAS VEZES E ME RECOMPONHO DE NOVO,NÃO HÁ NINGUÉM QUE TE SUBSTITUA,MESMO ESTANDO CONNOSCO A GATINHA EVASIVA DESDE FINAIS DE JUNHO DE 2009,QUE O INFINITO CÓSMICO TE TENHA EM PAZ PATUSKINHA,VIUVINHA DE NÃO SEI QUANTOS GATOS.PATUSKINHA TERIA CERCA DE DEZ ANOS,TE AMO AMIGUINHA,DEPOIS CANTEI A LAS BARRICADAS PARA ME AUTO RESTABELECER DESTE REVÉS,E QUASE QUE ESTOU BEM MAS AINDA NÃO A CEM POR CENTO,MAS TEMOS A CONSCIÊNCIA TRANQUILA QUE FIZEMOS TUDO O QUE PUDEMOS PARA A SALVAR,DEMOS TUDO O QUE TÍNHAMOS E NÃO TÍNHAMOS,O MESMO FARIA POR QUALQUER SER HUMANO SERVO DA HUMANIDADE.VOS ABRAÇO SEMPRE COMPANHEIR@S PELA AMABILIDADE.A FINALIZAR QUERO TE AGRADECER POR ONTEM GRAND POET PELA TUA COMPREENSÃO MAN E A TI LEONORZINHA POR TERES OUVIDO O MEU DESABAFO SOBRE A PATUSKINHA,BEM HAJA A TI E Á ISABEL,TUA MÃE,E NOSSA AMIGA E COMPANHEIRA POR TUDO MESMO,NESTES MOMENTOS DIFÍCEIS QUE NÃO HÁ MUITO QUEM COMPREENDA,MAS VÓS COMPREENDEIS,MESMO SEM TERES ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO.

HOMERO

ANARKO ÉTICO LIBERTÁRIO

UM IRMÃO E COMPANHEIRO DE TOD@S VÓS

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

BOIKOT Insert Coin Radio 3.BOIKOT SEMPRE NA 1ª LINHA DE COMBATE AO LADO DO POVO OBREIRO,SEMPRE COM OS SEUS INTERVENTIVOS SONS Á VELOCIDADE DA LUZ!



JUANKA SEMPRE MUITO BEM NAS VOXES E BAIXO EM CONJUNTO COM OS COMPANHEIROS QUE TÊM SEMPRE TUDO SINCRONIZADO PERFEITAMENTE.

KOP - Leitmotiv (Sala Apolo, Barcelona 09-01-09).NOTA MÁXIMA PARA OS CATALÃES KOP E PARA O SEU VOX ACTIVISTA JUAN RAMÓN RODRÍGUEZ!UM CONCERTO ENÉRGICO



MAIS DO QUE À VELOCIDADE DA LUZ,OS INCONFUNDÍVEIS KOP COM JUAN RAMÓN RODRÍGUEZ,SEMPRE ELE,NA VOX,DEPOIS DE CINCO ANOS DE PRISÃO POLÍTICA POR APOIO À EUSKADI TA ASKATASUNA,COMANDO BARCELONA.MAS NINGUÉM TE CONSEGUIU COMPRAR JUANRA,NEM TU TE VENDESTE,ASSIM É QUE É.EM FRENTE KOP!EM FRENTE COMPANHEIR@S!ESTE SHOW É CÓSMICO!

BLUE OYSTER CULT-Buck's Boogie.BUCK NESTE FANTÁSTICO TEMA,FAZ O CONCERTO PRATICAMENTE SÓZINHO!É UM SHOW E DOS BONS!



Buck Dharma


Donald "Buck Dharma" Roeser (born November 12, 1947, in Long Island, New York) is an American guitarist and songwriter, best known for being a member of Blue Öyster Cult since the group's formation in 1967. He wrote and sang the lead vocal on many of the band's best-known hits, including "(Don't Fear) The Reaper" and "Burnin' for You" (the latter was originally intended for Roeser's solo album.)

The nickname came from an idea from the band's manager, Sandy Pearlman, who envisioned each member of the band having an unusual stage name; Roeser was the only one who took to the idea, and his was the only name that stuck.

Equipment

Roeser is notable for his use of the Gibson SG and numerous custom Steinberger models. One of his Steinberger guitars has a body carved to look like Swiss cheese (see photo). Dharma calls this guitar his "Cheeseberger".

His other equipment use includes: a Giuliano Balestra Vulcan, a Fender Stratocaster, a St. Blues and custom models built by Rick Kresiak, Harper Guitars and Warren Guitars. Many of his guitars were made by White Plains based custom guitar maker, Guliano.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

PARABÉM HERBERTO HÉLDER DESDE 23 11 1930 ATÉ 23 11 2009!ÉS DO MELHOR,TENS UMA VEIA ANARKISTA E ISSO É DE UMA IMPORTÂNCIA EXTREMA!ÉS UM SER ÚNICO!



Herberto Hélder

Herberto Helder
Nome completo Herberto Helder Luís Bernardes de Oliveira
Nascimento 23 de Novembro de 1930 (79 anos)
Funchal
Nacionalidade Portuguesa
Ocupação Escritor, poeta

Principais trabalhos Os Passos em Volta; A Colher na Boca; Photomaton & Vox; Ou o Poema Contínuo



Herberto Hélder Luís Bernardes de Oliveira (Funchal, 23 de Novembro de 1930) é um escritor português de ascendência judaica.[1]

Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tendo trabalhado em Lisboa como jornalista, bibliotecário, tradutor e apresentador de programas de rádio. Viajou por diversos países da Europa realizando trabalhos corriqueiros, sem nenhuma relação com a literatura e foi redactor da revista Notícia em Luanda, Angola, em 1971, onde sofreu um acidente grave.

É considerado um dos mais originais poetas vivos de língua portuguesa. É uma figura misantropa, e em torno de si paira uma atmosfera algo misteriosa uma vez que recusa prémios e se nega a dar entrevistas. Em 1994 foi o vencedor do Prémio Pessoa que recusou. É pai do jornalista Daniel Oliveira.

A sua escrita começou por se situar no âmbito de um surrealismo tardio. Escreveu "Os Passos em Volta", um livro que através de vários contos, sugere as viagens deambulatórias de uma personagem por entre cidades e quotidianos, colocando ao mesmo tempo incertezas acerca da identidade própria de cada ser humano (ficção); "Photomaton e Vox", é uma colectânea de ensaios e textos e também de vários poemas. "Poesia Toda" é o título de uma antologia pessoal dos seus livros de poesia que tem sido depurada ao longo dos anos. Na edição de 2004 foram retiradas da recolha suas traduções. Alguns dos seus livros desapareceram das mais recentes edições da Poesia Toda, rebatizada Ofício Cantante, nomeadamente Vocação Animal e Cobra.

A crítica literária aproxima sua linguagem poética do universo da Alquimia, da mística, da Mitologia edipiana e da Imago da Mãe.

Obra
Poesia

Poesia – O Amor em Visita (1958)
A Colher na Boca (1961)
Poemacto (1961)
Retrato em Movimento (1967)
O Bebedor Nocturno (1968)
Vocação Animal (1971)
Cobra & etc. (1977)
O Corpo o Luxo a Obra (1978)
Photomaton & Vox (1979)
Flash (1980)
A Cabeça entre as Mãos (1982)
As Magias (1987)
Última Ciência (1988)
Do Mundo, (1994)
Poesia Toda (1º vol. de 1953 a 1966; 2º vol. de 1963 a 1971) (1973)
Poesia Toda (1ª ed. em 1981)
A Faca Não Corta o Fogo - Súmula & Inédita (2008)
Ofício Cantante (2009)

Ficção

Os Passos em Volta (1963)
Apresentação do Rosto (1968).
A Faca Não Corta o Fogo(2008).


O AMOR EM VISITA

Dai-me uma jovem mulher com sua harpa de sombra
e seu arbusto de sangue. Com ela
encantarei a noite.
Dai-me uma folha viva de erva, uma mulher.
Seus ombros beijarei, a pedra pequena
do sorriso de um momento.
Mulher quase incriada, mas com a gravidade
de dois seios, com o peso lúbrico e triste
da boca. Seus ombros beijarei.

Cantar? Longamente cantar,
Uma mulher com quem beber e morrer.
Quando fora se abrir o instinto da noite e uma ave
o atravessar trespassada por um grito marítimo
e o pão for invadido pelas ondas,
seu corpo arderá mansamente sob os meus olhos palpitantes
ele - imagem inacessível e casta de um certo pensamento
de alegria e de impudor.

Seu corpo arderá para mim
sobre um lençol mordido por flores com água.
Ah! em cada mulher existe uma morte silenciosa;
e enquanto o dorso imagina, sob nossos dedos,
os bordões da melodia,
a morte sobe pelos dedos, navega o sangue,
desfaz-se em embriaguez dentro do coração faminto.
- Ó cabra no vento e na urze, mulher nua sob
as mãos, mulher de ventre escarlate onde o sal põe o espírito,
mulher de pés no branco, transportadora
da morte e da alegria.

Dai-me uma mulher tão nova como a resina
e o cheiro da terra.
Com uma flecha em meu flanco, cantarei.

E enquanto manar de minha carne uma videira de sangue,
cantarei seu sorriso ardendo,
suas mamas de pura substância,
a curva quente dos cabelos.
Beberei sua boca, para depois cantar a morte
e a alegria da morte.

Dai-me um torso dobrado pela música, um ligeiro
pescoço de planta,
onde uma chama comece a florir o espírito.
À tona da sua face se moverão as águas,
dentro da sua face estará a pedra da noite.
- Então cantarei a exaltante alegria da morte.

Nem sempre me incendeiam o acordar das ervas e a estrela
despenhada de sua órbita viva.

- Porém, tu sempre me incendeias.
Esqueço o arbusto impregnado de silêncio diurno, a noite
imagem pungente
com seu deus esmagado e ascendido.
- Porém, não te esquecem meus corações de sal e de brandura.

Entontece meu hálito com a sombra,
tua boca penetra a minha voz como a espada
se perde no arco.
E quando gela a mãe em sua distância amarga, a lua
estiola, a paisagem regressa ao ventre, o tempo
se desfibra - invento para ti a música, a loucura
e o mar.

Toco o peso da tua vida: a carne que fulge, o sorriso,
a inspiração.
E eu sei que cercaste os pensamentos com mesa e harpa.
Vou para ti com a beleza oculta,
o corpo iluminado pelas luzes longas.
Digo: eu sou a beleza, seu rosto e seu durar. Teus olhos
transfiguram-se, tuas mãos descobrem
a sombra da minha face. Agarro tua cabeça
áspera e luminosa, e digo: ouves, meu amor?, eu sou
aquilo que se espera para as coisas, para o tempo -
eu sou a beleza.
Inteira, tua vida o deseja. Para mim se erguem
teus olhos de longe. Tu própria me duras em minha velada beleza.

Então sento-me à tua mesa. Porque é de ti
que me vem o fogo.
Não há gesto ou verdade onde não dormissem
tua noite e loucura,
não há vindima ou água
em que não estivesses pousando o silêncio criador.
Digo: olha, é o mar e a ilha dos mitos
originais.
Tu dás-me a tua mesa, descerras na vastidão da terra
a carne transcendente. E em ti
principiam o mar e o mundo.

Minha memória perde em sua espuma
o sinal e a vinha.
Plantas, bichos, águas cresceram como religião
sobre a vida - e eu nisso demorei
meu frágil instante. Porém
teu silêncio de fogo e leite repõe
a força maternal, e tudo circula entre teu sopro
e teu amor. As coisas nascem de ti
como as luas nascem dos campos fecundos,
os instantes começam da tua oferenda
como as guitarras tiram seu início da música nocturna.

Mais inocente que as árvores, mais vasta
que a pedra e a morte,
a carne cresce em seu espírito cego e abstracto,
tinge a aurora pobre,
insiste de violência a imobilidade aquática.
E os astros quebram-se em luz sobre
as casas, a cidade arrebata-se,
os bichos erguem seus olhos dementes,
arde a madeira - para que tudo cante
pelo teu poder fechado.
Com minha face cheia de teu espanto e beleza,
eu sei quanto és o íntimo pudor
e a água inicial de outros sentidos.

Começa o tempo onde a mulher começa,
é sua carne que do minuto obscuro e morto
se devolve à luz.
Na morte referve o vinho, e a promessa tinge as pálpebras
com uma imagem.
Espero o tempo com a face espantada junto ao teu peito
de sal e de silêncio, concebo para minha serenidade
uma ideia de pedra e de brancura.
És tu que me aceitas em teu sorriso, que ouves,
que te alimentas de desejos puros.
E une-se ao vento o espírito, rarefaz-se a auréola,
a sombra canta baixo.

Começa o tempo onde a boca se desfaz na lua,
onde a beleza que transportas como um peso árduo
se quebra em glória junto ao meu flanco
martirizado e vivo.
- Para consagração da noite erguerei um violino,
beijarei tuas mãos fecundas, e à madrugada
darei minha voz confundida com a tua.

Oh teoria de instintos, dom de inocência,
taça para beber junto à perturbada intimidade
em que me acolhes.

Começa o tempo na insuportável ternura
com que te adivinho, o tempo onde
a vária dor envolve o barro e a estrela, onde
o encanto liga a ave ao trevo. E em sua medida
ingénua e cara, o que pressente o coração
engasta seu contorno de lume ao longe.
Bom será o tempo, bom será o espírito,
boa será nossa carne presa e morosa.
- Começa o tempo onde se une a vida
à nossa vida breve.

Estás profundamente na pedra e a pedra em mim, ó urna
salina, imagem fechada em sua força e pungência.
E o que se perde de ti, como espírito de música estiolado
em torno das violas, a morte que não beijo,
a erva incendiada que se derrama na íntima noite
- o que se perde de ti, minha voz o renova
num estilo de prata viva.

Quando o fruto empolga um instante a eternidade
inteira, eu estou no fruto como sol
e desfeita pedra, e tu és o silêncio, a cerrada
matriz de sumo e vivo gosto.
- E as aves morrem para nós, os luminosos cálices
das nuvens florescem, a resina tinge
a estrela, o aroma distancia o barro vermelho da manhã.
E estás em mim como a flor na ideia
e o livro no espaço triste.

Se te apreendessem minhas mãos, forma do vento
na cevada pura, de ti viriam cheias
minhas mãos sem nada. Se uma vida dormisses
em minha espuma,
que frescura indecisa ficaria no meu sorriso?
- No entanto és tu que te moverás na matéria
da minha boca, e serás uma árvore
dormindo e acordando onde existe o meu sangue.

Beijar teus olhos será morrer pela esperança.
Ver no aro de fogo de uma entrega
tua carne de vinho roçada pelo espírito de Deus
será criar-te para luz dos meus pulsos e instante
do meu perpétuo instante.
- Eu devo rasgar minha face para que a tua face
se encha de um minuto sobrenatural,
devo murmurar cada coisa do mundo
até que sejas o incêndio da minha voz.

As águas que um dia nasceram onde marcaste o peso
jovem da carne aspiram longamente
a nossa vida. As sombras que rodeiam
o êxtase, os bichos que levam ao fim do instinto
seu bárbaro fulgor, o rosto divino
impresso no lodo, a casa morta, a montanha
inspirada, o mar, os centauros do crepúsculo
- aspiram longamente a nossa vida.

Por isso é que estamos morrendo na boca
um do outro. Por isso é que
nos desfazemos no arco do verão, no pensamento
da brisa, no sorriso, no peixe,
no cubo, no linho, no mosto aberto
- no amor mais terrível do que a vida.

Beijo o degrau e o espaço. O meu desejo traz
o perfume da tua noite.
Murmuro os teus cabelos e o teu ventre, ó mais nua
e branca das mulheres. Correm em mim o lacre
e a cânfora, descubro tuas mãos, ergue-se tua boca
ao círculo de meu ardente pensamento.
Onde está o mar? Aves bêbedas e puras que voam
sobre o teu sorriso imenso.
Em cada espasmo eu morrerei contigo.

E peço ao vento: traz do espaço a luz inocente
das urzes, um silêncio, uma palavra;
traz da montanha um pássaro de resina, uma lua
vermelha.
Oh amados cavalos com flor de giesta nos olhos novos,
casa de madeira do planalto,
rios imaginados,
espadas, danças, superstições, cânticos, coisas
maravilhosas da noite. Ó meu amor,
em cada espasmo eu morrerei contigo.

De meu recente coração a vida inteira sobe,
o povo renasce,
o tempo ganha a alma. Meu desejo devora
a flor do vinho, envolve tuas ancas com uma espuma
de crepúsculos e crateras.

Ó pensada corola de linho, mulher que a fome
encanta pela noite equilibrada, imponderável -
em cada espasmo eu morrerei contigo.

E à alegria diurna descerro as mãos. Perde-se
entre a nuvem e o arbusto o cheiro acre e puro
da tua entrega. Bichos inclinam-se
para dentro do sono, levantam-se rosas respirando
contra o ar. Tua voz canta
o horto e a água - e eu caminho pelas ruas frias com
o lento desejo do teu corpo.
Beijarei em ti a vida enorme, e em cada espasmo
eu morrerei contigo.

Herberto Helder


sábado, 14 de novembro de 2009

Nina Hagen - Pank {Acoustic Live 1979}.É UMA DESBUNDA ESTA PUNK ROCKER VEGANA DA EX RDA,NINA HAGEN QUE CONHECI EM 1982!



NINA HAGEN A DIVA DO PUNK ROCK QUE DESCOBRI EM 1982 COM O DISCO SAÍDO NESSE ANO "NUNSEXMONKROCK",UM DISCO CARREGADO DE UM PUNK ROCK MUITO DURO E COM FOGO DA POTENTE E ÉPICA VOZ DE NINA.


Pank

Nina Hagen

Você não pode acabar comigo!
Não importa o quanto você se esforce!
Você sabe que não é capaz!
É demais para mim, não agüento mais!

Você quer que eu seja como as outras
Não,não,seu safado!
Você não consegue perceber que eu não sou mais a mesma?
Sai daqui,seu merda!

Já chega:
Garotas são como as Sexy Sadies
Elas são a mãe da escória
E gatas têm garras afiadas

Eu não vou mais lavar as sua meias fedorentas, calças, camisetas
Não me toque
Estou farta da sua catapora,cachos,gonorréia,...


Eu não vou lhe dar filhos
Então deixe na minha penteadeira um batom
Que eu irei para as ruas trabalhar com a Senhora Holle
Em uma frase:Você me enoja!

Eu não sou sua máquina sexual
Ha,ha,essa é a minha gargalhada!
Querido,eu tenho que ir
Tchau,tchau, seu porco!

Pank


Unterdrücken, das kannst du mich nicht
Auch wenn du es immer die ganze Zeit versuchst
Du weisst, das ich glaub, du bist nicht ganz dich
Mir is das jetzt zu viel und ich hab genug

Du willst mich so wie alle sind
Nein nein du altes Schwein
Du merkst nicht, das ich anders bin
Hau ab, you full of crap!

Das lass ich mir nich länger gefalln
Die Mädchen sind die Sexie Sadies
Sie sind die Mutter für den Staub
Und Katzen haben scharfe Krallen

Ich wasch nich deine Käsesocken
Hosen. T-shirts.
Fass mich nicht an
Verischt auf deine Pocken. Locken. Gonokokken.

Ich schenk dir keine Kinder zum Zeitvertreib
Leg mir lieber Puder kamm und Lippenstift bereit
Dann geh ich mit Frau Holle auf'n strich
Kurzgesagt: du bist mir einfach widerlich

Ich bin nich deine Fickenmaschine
Spritz spritz das ist'n Witz aeh
Schätzchen, wir müssen ausnanda geh'n
Tschau tschau du alte sau!!!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

The Kinks - Low Budget.OS KINKS AO VIVO EM PROVIDENCE EM 1979,HÁ MAIS DE 30 ANOS ATRÁS,COM UMA ENERGIA SEMPRE SAUDÁVEL DE RAY DAVIES E SEUS PARES!




The Kinks live from 9-23-79 in Providence, RI

JOSÉ MÁRIO BRANCO DISCIPULO Nº1 DO JOSÉ AFONSO,SEM MENOSPREZAR O SÉRGIO E FAUSTO,FOSTE E ÉS O MELHOR DOS MELHORES PARA MIM GRANDE POETA DA HUMILDADE!





Sábado, Outubro 24, 2009




Três Cantos, Um Concerto




José Mário Branco, Sérgio Godinho e Fausto em concerto no Campo Pequeno, Lisboa.




Salas cheias nos dias 22 e 23 de Outubro




Em 23 de Outubro de 2009, excelente concerto, magníficos arranjos, muito bons músicos!
Alinhamento de canções/cantores:




Os três cantores, com a banda




1. Guerra e Paz (letra e música de Sérgio Godinho; "Era Uma Vez um Rapaz", 1985)




2. Travessia do Deserto (l. e m. José Mário Branco; "Ser Solidário", 1982)




3. Como um Sonho Acordado (l. e m. Fausto; "Por Este Rio Acima", 1982)
José Mário Branco e Sérgio Godinho




4. Barca dos Amantes (l. Sérgio Godinho, m. Milton Nascimento; "Coincidências", 1983)
José Mário Branco (com Carlos Bica e José Peixoto)




5. Onofre (l. e m. José Mário Branco; "Resistir é Vencer", 2004)




6. Emigrantes da Quarta Dimensão - Carta a J.C.- (l. e m. José Mário Branco; "Correspondências", 1990)
José Mário Branco e Fausto




7. Mariazinha l. e m. José Mário Branco; "Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades", 1971)
Fausto




8. Eis Aqui o Agiota (l. e m. Fausto; "A Ópera Mágica do Cantor Maldito", 2003)




9. Adeus Orelhas de Abano (l. e m. Fausto; "A Ópera Mágica do Cantor Maldito", 2003)




10. A Nova Brigada dos Coronéis de Lápis Azul (l. e m. Fausto; "A Ópera Mágica do Cantor Maldito", 2003)
Sérgio Godinho




11. O Velho Samurai (l. e m. Sérgio Godinho; "Ligação Directa", 2006)




12. Cuidado com as Imitações (l. e m. Sérgio Godinho; "Campolide", 1979)




13. O Primeiro Dia (l. e m. Sérgio Godinho; "Pano-Cru", 1978)
José Mário Branco e Sérgio Godinho




14. Se tu Fores Ver o Mar (Rosalinda) l. e m. Fausto; "Madrugada dos Trapeiros", 1977)
Os três cantores




15. Quatro Quadras Soltas (l.e m. Sérgio Godinho; "Campolide" 1979)
Os três cantores sem banda




16. Canto dos Torna-Viagem (l. e m. José Mário Branco; "Resistir é Vencer", 2004)




17. A Ilha (l. e m. Fausto; "Por Este Rio Acima", 1982"18. Não Canto Porque Sonho (l. Eugénio de Andrade, m. Fausto e António Pedro Braga; "P’ró que Der e Vier", 1974)




19. O Charlatão (l. Sérgio Godinho, m. José Mário Branco; "Sobreviventes", 1971, e "Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades", 1971)
Os três cantores, com a banda




20. De Não Saber o que me Espera (l. e m. José Afonso; "Fura Fura", 1979)




21. Ser Solidário (l. e m. José Mário Branco; "Ser Solidário", 1982)




22. O Retorno das Audácias (inédita)




23. Olha o Fado (l. e m. Fausto, "Por Este Rio Acima", 1982)




24. Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades (l. Luís de Camões; m. Fausto; "Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades", 1971)




25. Foi por Ela (l. e m. Fausto; "Para Além das Cordilheiras", 1987)




26. Que Força É Essa l. e m. Sérgio Godinho; "Os Sobreviventes", 1971




27. Hino da Confederação (l. e m. Sérgio Godinho e Fausto; "A Confederação", 1978)




1º encore:




28. Maré Alta (l. e m. Sérgio Godinho; "Os Sobreviventes", 1971)




29. Inquietação (l. e m. José Mário Branco; "Ser Solidário", 1982)




2º encore:




30. Na Ponta do Cabo (l. e m. Fausto; "Crónicas da Terra Ardente", 1994)
Fez falta dançar!




FALTOU ESTA MÚSICA: DO DISCO "A MÃE 12 CANÇÕES DE JOSÉ MÁRIO BRANCO"DE 1978,REEDITADO EM CD EM 1996,ESTA É 9ª MÚSICA DESTE GENIAL DISCO,DAS LETRAS MAIS PURAS QUE CONHEÇO!




"NADA OS SALVARÁ"




ELES TÊM AS SUAS LEIS,CÓDIGOS, DECRETOS




EDITAIS E PORTARIAS




ELES TÊM AS PRISÕES E AS FORTALEZAS




SEM CONTAR AS TUTORIAS




TÊM CARCEREIROS E JUÍZES




QUE SÃO PAGOS COM BOM DINHEIRO




E ESTÃO DISPOSTOS A TUDO




MAS DE QUE LHES SERVIRÃO TANTAS MENTIRAS?




UM MINUTO ANTES DO FIM




VERÃO QUE JÁ ESTÃO PERDIDOS




QUE NADA OS SALVARÁ!




ELES TÊM FOLHETINS,TELEVISÃO E RÁDIO




OS JORNAIS E AS REVISTAS




ELES TÊM OS DIPLOMAS E O PAPEL SELADO




SEM CONTAR OS ESTADISTAS




OS PADRES E OS SENHORES DOUTORES




QUE SÃO PAGOS COM BOM DINHEIRO




E ESTÃO PRONTOS A TUDO




MAS DE QUE LHES SERVIRÃOTANTAS MENTIRAS?




UM MINUTO ANTES DO FIM




VERÃO QUE JÁ ESTÃO PERDIDOS




QUE NADA OS SALVARÁ!




UM MINUTO ANTES DO FIM




VERÃO QUE JÁ ESTÃO PERDIDOS




QUE NADA OS SALVARÁ!




ELES TÊM OS CANHÕES E AS METRALHADORAS




AS CHAIMITES E AS GRANADAS




ELES TÊM CAPACETES E ESPINGARDAS




SEM CONTAR AS BASTONADAS




TÊM OS POLÍCIAS E OS GUARDAS




QUE PAGAM COM POUCO DINHEIRO




MAS ESTÃO PRONTOS A TUDO




MAS DE QUE LHES SERVIRÁ




TAMANHO ARSENAL?




UM MINUTO ANTES DO FIMVERÃO QUE JÁ ESTÃO PERDIDOS




QUE NADA OS SALVARÁ!




JOSÉ MÁRIO BRANCO

sábado, 17 de outubro de 2009

JOSE MARIO BRANCO- ALERTA.PARA MIM ZÉ MÁRIO ÉS O MAIS PURO DESTE TRIPLO CONCERTO,ESTA TUA LETRA/MÚSICA EM 1975 FEZ ME DESPERTAR PARA TUDO NA VIDA!



VAMOS ESTAR NA BARRICADA DESSE TRIPLO CONCERTO DE DIA 23 10 2009,NO CAMPO PEQUENO EM LISBOA,ONDE SEI QUE VAIS DAR O TEU MELHOR,BEM COMO O FAUSTO E O SÉRGIO.ESTA TUA MÚSICA/LETRA ALERTA,CONCORRENTE AO FESTIVAL RTP DA CANÇÃO DE 1975,FOI A QUE NA ALTURA FEZ SALTAR DO DIVÃ ONDE ESTAVA DEITADO, EM ALEGRIA O MENINO DE DOZE ANOS,HOJE ADULTO,MAS SEMPRE UM MENINO,DESPERTÁ LO PARA SEMPRE.GRAÇAS A ESTA TUA MÚSICA LETRA QUE ESTÁ MUITO ACTUAL,EU ME TRANSFORMEI PARA SEMPRE,A PARTIR DAÍ FUI À DESCOBERTA DE OUTROS SONS,DE OUTRAS AVENTURAS,DE OUTRAS EXPERIÊNCIAS,EMBORA FOSSE SEMPRE UM INVETERADO REBELDE.ESTA LETRA TEM OVERDOSES DE ANARKISMO,O QUE É SALUTAR.O CONCERTO DE 23 10 DE 2009 VAI SER VIVO,EXPLOSIVO,INTERVENTIVO,PORQUE O POVO QUE LÁ VAI JÁ O ESGOTOU,E TU ZÉ MÁRIO MERECES,ASSIM COMO O FAUSTO E O SÉRGIO.NUNCA TE VENDESTE A NENHUM SISTEMA,NEM A NADA,ISSO INFLUENCIOU ME PARA SEMPRE.HOJE SOU UM ANARKISTA,TAMBÉM GRAÇAS A TI,BENDITO SEJAS JOSÉ MÁRIO BRANCO NASCIDO NO PORTO A 25 5 1942!AMIGO,CAMARADA,COMPANHEIRO,IRMÃO!ESTOU E ESTAREI SEMPRE ALERTA!!!!

Alerta

José Mário Branco

Composição: Grupo de Acção Cultural
Pelo pão e pela paz
E pela nossa terra
Pela independência
E pela liberdade
Alerta! alerta!
Às armas! às armas!
Alerta!
Pelo pão que nos rouba a burguesia
Que nos explora nos campos e nas fábricas
Operários, camponeses hão-de um dia
Arrebatar o poder à burguesia
Abaixo a exploração!
Pelo pão de cada dia!
Pois claro!
Só teremos a paz definitiva
Quando acabar a exploração capitalista
Camaradas soldados e marinheiros
Lutemos juntos pela paz no mundo inteiro
Soldados ao lado do povo!
Pela paz num mundo novo!
Pois claro!
(refrão)
Pela terra que nos rouba essa canalha
Dos monopólios e grandes proprietários
Camponeses, lutem p´la reforma agrária
P´ra dar a terra àquele que a trabalha
Reforma agrária faremos!
A terra a quem a trabalha!
Pois claro!
Pela independência nacional
Contra o domínio das grandes potências
Fora o imperialismo internacional
Que tem nas mãos metade de portugal
Abaixo o imperialismo!
Independência nacional!
Pois claro!
(refrão)
Não há povo que tenha liberdade
Enquanto houver na sua terra exploração
Liberdade não se dá só se conquista
Não há reforma burguesa que resista
Democracia popular!
E ditadura proletária!
Pois claro!

SERGIO GODINHO -QUE FORÇA É ESSA.MAIS UM CANTAUTOR QUE ME MARCOU PARA SEMPRE,COM AS SUAS LETRAS/MÚSICAS,É + 1 DOS TRÊS DESTE CONCERTO DE 23 10 2009!



ESTA TUA LETRA/MÚSICA DO TEU 1º DISCO"OS SOBREVIVENTES" DE 1971,MARCOU ME PARA TODA A VIDA.É O TEU MELHOR DISCO.

Que Força é Essa

Sérgio Godinho

Composição: Sérgio Godinho
Vi-te a trabalhar o dia inteiro
construir as cidades pr´ós outros
carregar pedras, desperdiçar
muita força p´ra pouco dinheiro
Vi-te a trabalhar o dia inteiro
Muita força p´ra pouco dinheiro

Que força é essa
que força é essa
que trazes nos braços
que só te serve para obedecer
que só te manda obedecer
Que força é essa, amigo
que força é essa, amigo
que te põe de bem com outros
e de mal contigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo

Não me digas que não me compr´endes
quando os dias se tornam azedos
não me digas que nunca sentiste
uma força a crescer-te nos dedos
e uma raiva a nascer-te nos dentes
Não me digas que não me compr´endes

(Que força...)

(Vi-te a trabalhar...)

Que força é essa
que força é essa
que trazes nos braços
que só te serve para obedecer
que só te manda obedecer
Que força é essa, amigo
que força é essa, amigo
que te põe de bem com outros
e de mal contigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo

Músicos + A Guerra é a Guerra / Fausto no CCB.VAMOS ESTAR FÍSICA E ESPIRITUALMENTE NO CAMPO PEQUENO NO SHOW DE FAUSTO É DIA 23 10 2009!VALE!



FAUSTO A GUERRA é A GUERRA


Salto no escuro
Entre dentes trago a faca
E nos meus olhos coloridos
Juro
Vem ver o fogo no mar
Os peixes a arder
Ó Ana vem ver
Ó Ana vem ver
Ó Ana vem ver
Voando em arco
Esgueiro o corpo num balanço
Como um piloto do inferno
Assalto
Nas asas guerreiras de um anjo
Seja louvado
Atacamos mui baralhados
Como um bando endiabrado
Por Jesus na sua cruz
Chora por mim ó minha infanta
Escorre sangue o céu e a terra
Ah pois por mais que seja santa
A guerra é a guerra

Coro:
Malaca Malaca
A guerra é a guerra
No céu e na terra
Nos dentes a faca
Avanço avanço
A guerra é a guerra
No céu e na terra
Balanço balanço
Cruzado cruzado
A guerra é a guerra
No céu e na terra
O mais enfeitado
Largar largar
O fogo no mar

Seja bendito
De todos o mais enfeitado
Olha p’ra mim o mais guerreiro
Ao vivo
Olha p’ra mim o teu amado
E o céu a arder
Ó Ana vem ver
Ó Ana vem ver
Ó Ana vem ver
Barcos em chamas
Erguidas
Parecia coisa sonhada
Queimados
Os gritos horrendos da besta
Ferida
E lá dentro ardiam homens
Encurralados
E cá fora à cutilada
Decepados
P’la calada
Pelos peitos já desfeitos
Chora por mim ó minha infanta
Escorre sangue o céu e a terra
Ah pois por mais que seja santa
A guerra é a guerra

(coro)

Foge saloio
Eh parolo
Aguenta António de Faria
E a fidalguia
Todo o massacre
E todo o desconsolo
Que já lá vem o Coja Acém
E o mar a arder
Ó Ana vem ver
Ó Ana vem ver
Ó Ana vem ver
Diz-nos adeus o pirata
O labrego
De cima daquele mastro
Trocista e airoso
Mostrando o traseiro cafre
Preto escuro de um negro
Levando-nos coiro e tesouro
Rindo de gozo
Perdeu-se o resto na molhada
Pelo estrondo
Na quebrada
No edema da gangrena
Chora por mim ó minha infanta
Escorre sangue o céu e a terra
Ah pois por mais que seja santa
A guerra é a guerra

domingo, 11 de outubro de 2009

PARA MIM HÁ MUITO QUE ÉS UM VENCEDOR COMPANHEIRO E IRMÃO AMADEU CASELLAS RAMÓN,ÉS MAIS QUE O PRÉMIO NOBEL DA PAZ!ÉS UM RESISTENTE VENCEDOR!UM HERÓI!!



PELA INJUSTIÇA HEDIONDA QUE TENS SIDO ALVO INJUSTAMENTE TE NOMEIO PRÉMIO NOBEL DA PAZ COMPANHEIRO E IRMÃO AMADEU CASELLAS RAMÓN!ESTOU E ESTAREI DO TEU LADO,HOJE E SEMPRE!!!VAIS SER LIBERTO E SAIR DESSA MALDITA PRISÃO PELO TEU PRÓPRIO PÉ!VAIS VENCER MEU IRMÃO!!!
HOMERO
ANARKISTA ÉTICO LIBERTÁRIO
AMADEU CASELLAS RAMÓN
Amadeu Casellas Ramón, es un conocido preso anarquista que cumple condena actualmente en la prisión de Brians-2. Vinculado al anarquismo desde los 14 años, desde 1976 protagonizó múltiples atracos a bancos para financiar las luchas obreras y sociales, repartiendo el dinero entre organizaciones y personas que lo necesitaban.[1] La prensa llegó a llamarlo "el Robin Hood español".[cita requerida]
Fue detenido por primera vez en 1979 y encerrado en la cárcel de La Modelo en Barcelona. Salió en 1981, y debido a su reincidencia como atracador volvió a ser condenado a prisión en 1982 y una vez más en 1985, condena ésta última que todavía no ha terminado.[1] Militante de la COPEL (Coordinadora de Presos en Lucha), protagonizó numerosos motines en las cárceles luchando por las mejoras de los derechos de los presos.
En la primavera y verano de 2008, solicita que se le aplique el Tercer Grado penitenciario por haber agotado ya el máximo de años legal de estancia en prisión y, por tanto, corresponderle por ley. Ante la negativa de las instituciones penitenciarias, protagoniza una durísima huelga de hambre que dura casi de 80 días.[2] Apoyado por colectivos anarquistas como Cruz Negra Anarquista y por la Confederación Nacional del Trabajo (CNT), sindicato al cual pertenece, tienen lugar numerosas acciones por su libertad[3] [4] consiguiendo finalmente que las autoridades penitenciarias se comprometan a iniciar los trámites para la aplicación del Tercer Grado, con lo cual Amadeu puso fin a la huelga de hambre.[2]
El 20 de abril de 2009 comienza otra huelga de hambre, al demorarse las instituciones en la negociación de sus permisos.[5] La huelga fue suspendida por motivos poco claros[6] para reanudarse posteriormente el 24 de mayo declarando que no piensa poner fin al ayuno hasta que no sea liberado.[7] Reanudo durante unos días más la huelga de hambre, y se realizan constantes actividades en su apoyo desde el exterior, promovidas fundamentalmente por los anarquistas y la CNT, llegando a tener su caso una cierta relevancia social de tipo mediático.[8]
AMADEU CASELLAS
Amadeu Casellas Ramón is an anarchist prisoner.
He took part in robberies in banks in the 1970s as an income for labour struggles, fighting against injustice. The press called him the 'Spanish Robin Hood'. He became a member of PIS (Prisoners In Struggle) in the 1980s. He went on a hunger strike on 22 June 2008 for a number of reasons. He was against tortures in Catalonia prisons. And he was against those responsible for tortures: Spanish courts and politicians. At that time he had already been in prison for over 2 decades. According to Spanish law he had to be free. He thanked supporters from hospital. He thanked his mother, CNT trade union, his friends, the people writing to him, his lawyer Diana Reig and others (from his statement written on 27 August 2008). He was told he would get the so called 'third grade', which means better conditions in prison, and that he would be free, after 77 days on strike. He reached an agreement with Ignasi García Clavel, Director of Social Relations, and began to eat[1]. He went on a hunger strike on 20 April 2009 as he was still in prison with no information about his promised freedom. No new agreements will be made until freedom.

O MAIOR ANARKISTA VIVO NORTE AMERICANO,O COMPANHEIRO,IRMÃO NOAM CHOMSKY(7 12 1928),MAIS QUE NOBEL DA PAZ E DA LITERATURA,UM SER HUMANO SEMPRE EM ACÇÃO

NOAM CHOMSKY NO FÓRUM MUNDIAL DE PORTO ALEGRE,BRASIL EM 2003, SEMPRE EM ACÇÃO.

INTERVINDO PERANTE A MULDITÃO,SEMPRE COM ATITUDE.




NO MEIO DOS LIVROS E APONTAMENTOS



SEMPRE LADO A LADO COM O POVO OBREIRO.





UMA FIGURA ÍMPAR,UM ANARKISTA COMBATIVO

Noam Chomsky, professor do MIT..[1]
Nome completo
Avram Noam Chomsky
Nascimento
7 de Dezembro de 1928 (80 anos)Filadélfia, Pensilvânia Estados Unidos
Escola/tradição
Linguística



Principais interesses
Psicologia, Política, Ética



Influências






Avram Noam Chomsky (Filadélfia, 7 de dezembro de 1928) é um professor de Linguística no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, das iniciais em inglês).



O seu nome está associado à criação da gramática ge(ne)rativa transformacional, abordagem que revolucionou os estudos no domínio da linguística teórica. É também o autor de trabalhos fundamentais sobre as propriedades matemáticas das linguagens formais, sendo o seu nome associado à chamada Hierarquia de Chomsky.
Os seus trabalhos, combinando uma abordagem matemática dos fenómenos da linguagem com uma crítica radical do behavio(u)rismo, em que a linguagem é conceitualizada como uma propriedade inata do cérebro/mente humanos, contribuem decisivamente para o arranque da revolução cognitiva, no domínio das ciências humanas.
Além da sua investigação e ensino no âmbito da Linguística, Chomsky é também muito conhecido pelas suas posições políticas de esquerda e pela sua crítica da política externa dos Estados Unidos da América. Chomsky descreve-se como um socialista libertário havendo quem o associe ao Anarcossindicalismo.
O termo chomskiano é habitualmente usado para identificar as suas idéias linguísticas embora o próprio considere que esses tipos de classificações (chomskiano, marxista, freudiano) "não fazem sentido em nenhuma ciência", e que "pertencem à história da religião, enquanto organização".

Biografia



Chomsky nasceu na cidade da Filadélfia, no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos da América, filho de um estudioso do hebraico e professor, William Chomsky. Em 1945, começou a estudar Filosofia e Linguística na Universidade da Pensilvânia com Zellig Harris, professor com cuja visão política ele se identificou. Antes de receber seu doutoramento em Linguística pela Universidade da Pensilvânia em 1955, Chomsky realizou a maior parte de sua pesquisa nos quatro anos anteriores na Universidade de Harvard como pesquisador assistente. Na sua tese de Ph.D., um trabalho de mais de mil páginas, desenvolveu a sua abordagem original às ideias linguísticas, tendo um resumo sido publicado no seu livro de 1957 Syntactic Structures (Estruturas Sintácticas), numa editora holandesa, por recomendação de Roman Jakobson. A recensão crítica desta obra por Robert Lees teve um papel fundamental na sua divulgação e reconhecimento como trabalho revolucionário.
Depois de receber o doutoramento, Chomsky leciona no MIT há mais de 40 anos consecutivos, sendo nomeado para a "Cátedra de Línguas Modernas e Linguística Ferrari P. Ward". Durante esse período, Chomsky tornou-se publicamente muito empenhado no activismo político e, a partir de 1964, protesta activamente contra o envolvimento americano na Guerra do Vietname. Em 1969, publica o livro American Power and the New Mandarins (O Poder Americano e os Novos Mandarins), um livro de ensaios sobre essa guerra. Desde então Chomsky tornou-se mundialmente conhecido pelas suas idéias políticas, dando palestras por todo o mundo e publicando inúmeras obras. A sua ideologia política, classificada como socialismo libertário, rendeu inúmeros seguidores dentro do campo da "esquerda" mas também muitos detratores em todos os lados do espectro político. Durante este tempo, Chomsky continuou a pesquisar, a escrever e a ensinar, contribuindo regularmente com novas propostas teóricas que virtualmente definiram os problemas e questões centrais da investigação linguística nos útimos 50 anos.

Dedicatória e autógrafo de Chomsky em edição brasileira de um de seus livros.
Em 1979, Paul Robinson escreveu no New York Times Book Review que "Pelo poder, alcance, inovação e influência de suas idéias, Noam Chomsky é indiscutivelmente o mais importante intelectual vivo, hoje." Contudo, Robinson continua o artigo dizendo que os trabalhos de Chomsky sobre Política são "terrivelmente simplistas". Chomsky observa que "se não fosse por esta segunda afirmação, eu era capaz de pensar que estava fazendo algo errado… é verdade que o imperador está nu, mas o imperador não gosta que digam isto a ele, e os cachorrinhos-de-colo do imperador como o The New York Times não vão gostar da experiência se você o fizer".
De acordo com o Arts and Humanities Citation Index, entre 1980 e 1992, Chomsky foi citado como uma "fonte" mais frequentemente que qualquer outro acadêmico vivo, e foi a octogésima fonte mais citada, no cômputo geral.



Chomsky também tem recebido crédito de grupos culturais. O grupo musical Rage Against the Machine leva cópias de seus livros em suas turnês. A banda de grunge Pearl Jam tocou pedaços de falas de Chomsky mixadas com algumas de suas músicas. O grupo de rock n' roll REM convidou o linguista para palestrar antes de seus shows, o que Chomsky recusou. Discursos de Chomsky têm sido apresentados em lados B dos álbuns da banda Chumbawamba e outros grupos. O cantor e ativista político Bono Vox, do grupo irlandês U2, disse que "Se o trabalho de um rebelde é derrubar o velho e preparar o novo, então este é Noam Chomsky, um rebelde sem pausas, o Elvis da Academia… Como o rock n'roll dos anos 1990 continua sendo atado nas mãos, é irônico que um homem de 65 anos de idade tenha o real espírito rebelde".



A revista Rolling Stone escreveu que Chomsky "está no nível de Thoreau e Emerson no campo da literatura da rebelião". A Village Voice comentou que "Com que perspicácia (Chomsky) não fica enrolando e realmente diz alguma coisa!". Uma resenha no The Nation tinha a seguinte observação: "Não ler (Chomsky)… é cortejar a genuína ignorância".
"Avram" é uma outra forma de "Abraão". "Noam" é uma palavra hebraica que significa "desprazeroso", "sem prazer". "Chomsky é o nome eslavo "Хомский". A pronúncia original, de acordo com o Alfabeto Fonético Internacional, é [avram noam 'xomskij]. Geralmente é anglicizada para ['ævræm 'nəʊm 'tʃɒmᵖski] — ou ['ævræm 'noʊm 'tʃamᵖski] com o sotaque estadunidense.



Contribuição à Linguística



Syntactic Structures foi uma destilação do livro Logical Structure of Linguistic Theory (1955) no qual Chomsky apresenta sua idéia da gramática gerativa. Ele apresentou sua teoria de que os "enunciados" ou "frases" das línguas naturais devem ser interpretados em dois tipos de representação distintas: as "estruturas superficiais" correspondendo à estrutura patente das frases, e as "estruturas profundas", uma representação abstracta das relações lógico-semânticas das mesmas.
Esta distinção conserva-se hoje, na diferenciação entre Forma Lógica e Forma fonética, embora o processo de derivação transformacional com regras específicas tenha sido substituído pela operação de princípios gerais. Na versão de 1957/65 da teoria de Chomsky, as regras transformacionais (juntamente com regras de sintagmáticas, phrase structure rules e outros princípios estruturais) governam ao mesmo tempo a criação e a interpretação das frases. Com um limitado conjunto de regras gramaticais e um conjunto finito de palavras, o ser humano é capaz de gerar um número infinito de frases bem formadas, incluindo frases novas.
Chomsky sugere que a capacidade para produzir e estruturar frases é inata ao ser humano (isto é, é parte do patrimônio genético dos seres humanos) gramática universal. Não temos consciência desses princípios estruturais assim como somos não temos consciência da maioria das nossas outras propriedades biológicas e cognitivas.
As abordagens mais recentes, como o Programa Minimalista são ainda mais radicais na defesa de princípios económicos e óptimos na estrutura gramática universal. Entre outras afirmações, Chomsky diz que os princípios gramaticais subjacentes às linguagens são completamente fixos e inatos e que as diferenças entre as várias línguas usadas pelos seres humanos através do mundo podem ser caracterizadas em termos da variação de conjuntos de parâmetros (como o parâmetro pro-drop, que estabelece se um sujeito explícito é obrigatório, como no caso da língua inglesa, ou se pode ser opcionalmente deixado de lado (suprimido ou elidido), como no caso do português, italiano e outras).
Esses parâmetros são freqüentemente comparados a interruptores. A versão da gramática generativa que desenvolve a abordagem paramétrica é por isso designada princípios e parâmetros. Nesta abordagem, uma criança que está a aprender uma língua precisa adquirir apenas e tão somente os ítens lexicais necessários (isto é, as palavras) e fixar os parâmetros relevantes.



Esta abordagem baseia-se na rapidez espantosa com a qual as crianças aprendem línguas, pelos passos semelhantes dados por todas as crianças quando estão a aprender línguas e pelo fato que as crianças realizarem certos erros característicos quando aprendem sua língua-mãe, enquanto que outros tipos de erros aparentemente lógicos nunca ocorrem. Isto sucede precisamente, segundo Chomsky, porque as crianças estão a empregar um mecanismo puramente geral (isto é, baseado em sua mente) e não específico (isto é, não baseado na língua que está sendo aprendida).
As idéias de Chomsky continuam a influenciar significativamente a pesquisa que investigavam a aquisição de linguagem pelas crianças, muito embora se tenham desenvolvido nesta área abordagens neo-behaviouristas, ou mistas que privilegiam explicações baseadas em mecanismos gerais de aprendizagem, com variantes emergentistas ou conexionistas.
Gramática Ge(ne)rativa
A abordagem de Chomsky em relação à sintaxe, freqüentemente chamada de gramática gerativa, embora geralmente dominante, deu origem a escolas que dela divergem em aspectos técnicos como a Gramática Lexical-Funcional ou a HPSG. Noutros casos, há diferenças mais profundas, especialmente nas abordagens ditas funcionalistas, em parte herdeira do legado da


A análise sintática de Chomsky, muitas vezes altamente abstrata, se baseia fortemente em uma investigação cuidadosa dos limites entre construções gramaticais corretas e construções gramaticais incorretas numa língua. Deve-se comparar esta abordagem aos assim chamados casos patológicos (pathological cases) que possuem um papel semelhantemente importante em matemática. Tais julgamentos sobre a correção gramatical só podem ser realizados de maneira exata por um falante nativo da língua, entretanto, e assim, por razões pragmáticas, tais linguistas normalmente (mas não exclusivamente) focalizam seus trabalhos em suas próprias línguas-mães ou em línguas em que eles são fluentes (geralmente inglês, francês, alemão, holandês, italiano, japonês ou um das línguas do chinês).
Algumas vezes a análise da gramática gerativa não tem funcionado quando aplicada à línguas que não foram ainda estudadas. Desta maneira, muitas alterações foram realizadas na gramática gerativa devido ao aumento do número de línguas analisadas. Entretanto, as reivindicações feitas sobre uma linguística universal tem se tornado cada vez mais fortes e não têm se enfraquecido com o transcorrer do tempo. Por exemplo, a sugestão de Kayne, na década de 1990, de que todas as línguas têm uma ordem Sujeito - Verbo - Objeto das palavras teria parecido altamente improvável na década de 1960. Uma das principais motivações que estão por detrás de uma outra abordagem, a perspectiva funcional-tipológica (ou tipologia linguística, freqüentemente associada a Joseph H. O Greenberg), é basear hipóteses da linguística universal no estudo da maior variedade possível de línguas, para classificar a variação e criar teorias baseadas nos resultados desta classificação. A abordagem de Chomsky é por demais profunda e a dependente do conhecimento nativo da língua para seguir este método (embora tenha sido aplicada a muitas línguas desde que foi criada).
Hierarquia de Chomsky
Chomsky é famoso por pesquisar vários tipos de linguagens formais procurando entender se poderiam ser capazes de capturar as propriedades-chave das línguas humanas. A hierarquia de Chomsky divide as gramáticas formais em classes com poder expressivo crescente, por exemplo, cada classe sucessiva pode gerar um conjunto mais amplo de linguagens formais que a classe imediatamente anterior. De maneira interessante, Chomsky argumenta que a modelagem de alguns aspectos de linguagem humana necessita de uma gramática formal mais complexa (complexidade medida pela hierarquia de Chomsky) que a modelagem de outros aspectos. Por exemplo, enquanto que uma linguagem regular é suficientemente poderosa para modelar a morfologia da língua inglesa, ela não é suficientemente poderosa para modelar a sintaxe da mesma. Além de ser relevante em linguística, a hierarquia de Chomsky também tornou-se importante em Ciência da Computação (especialmente na construção de compiladores) e na Teoria de Autômatos.



Seu trabalho seminal em fonologia foi The sound pattern of English, que publicou juntamente com Morris Halle. Este trabalho é considerado ultrapassado (embora tenha sido recentemente reimpresso). Chomsky não pesquisa nem publica mais na área de fonologia.

Crítica da Linguística de Chomsky
Embora a abordagem de Chomsky seja reconhecidamente uma das melhores da Linguística, ela tem sido criticada por outros autores. Talvez a mais conhecida abordagem alternativa à posição de Chomsky seja a de George Lakoff e de Mark Johnson. O trabalho destes pesquisadores sobre Linguística cognitiva desenvolveu-se a partir da Linguística de Chomsky, mas difere dela de maneira significativa. Especificamente, argumenta contra os aspectos neo-cartesianos das teorias de Chomsky, eles afirmam que Chomsky falha em não levar em conta a incorporação extensiva da cognição. Como notado acima, a visão conexionista da aprendizagem não é compatível com a abordagem de Chomsky. Também, desenvolvimentos mais recentes em psicologia como, por exemplo, cognição localizada e psicologia discursiva não são compatíveis com a abordagem chomskiana.
De maneira ainda mais radical, os filósofos na tradição de Wittgenstein (como Saul Kripke) acham que a visão Chomskyana é fundamentalmente errada quanto ao papel das regras no que tange a cognição humana.
De maneira semelhante, os filósofos das tradições da fenomenologia, do existencialismo e da hermenêutica se opõem aos aspectos abstratos neo-racionalistas do pensamento de Chomsky. O filósofo contemporâneo que representa melhor esta visão é, talvez, Hubert Dreyfus, também famoso (ou notório) pelos seus ataques contra a inteligência artificial.
Contribuições à Psicologia

O trabalho de Chomsky em Linguística teve implicações importantes para a Psicologia e foi um de seus principais direcionamentos, durante o século XX. Sua teoria da gramática universal foi uma crítica direta ao behaviorismo, fortemente estabelecido em seu tempo, e teve conseqüências importantes no entendimento de como a linguagem é aprendida pelas crianças e o que, exatamente, é a capacidade de interpretar linguagem. Os princípios mais básicos desta teoria são atualmente geralmente aceitos (embora não necessariamente as fortes reivindicações feitas pela abordagem de princípios e parâmetros descrita acima).
Em 1959, Chomsky publicou uma crítica - a qual obteve uma grande repercussão - do livro Verbal Behavior, escrito por B.F. Skinner, o mais aclamado dos psicólogos da tradição psicológica behaviorista (ou, em português, comportamentalista). Essa teoria, que tinha dominado a Psicologia Experimental na primeira metade do século XX, dizia que a linguagem era um comportamento aprendido [operante], sem ser de uma natureza diferente de outros comportamentos [natureza no sentido de algo que escape ao mundo físico]. Skinner argumentava que a linguagem, como qualquer outro comportamento aprendido, poderia ser aprendida através das influências ambientais que modelariam a aprendizagem da linguagem. Mas, vale-se ressaltar que Skinner nunca negou [pelo contrario] a influência de mecanismos biológicos, seja na linguagem, ou em qualquer outro comportamento. A linguagem, segundo Skinner, podia ser aprendida através das pistas e do condicionamento proveniente do mundo no qual aquele-que-aprende está imerso.
A crítica de Chomsky à metodologia e às pressuposições básicas de Skinner prepararam o caminho para uma "revolução" contra a doutrina behaviorista. Em seu livro de 1966, Linguística Cartesiana e em trabalhos subsequentes, Chomsky cria uma explicação das faculdades da linguagem humana que tornou-se um modelo para investigação em outras áreas da Psicologia. Muito da concepção atual de como a mente trabalha vem diretamente de idéias que, nos tempos modernos, encontraram em Chomsky seu primeiro autor. Mesmo embora as críticas de Chomsky tenham sido refutadas por behavioristas, a mais famosa réplica foi a do behaviorista Kenneth MacCorquodale. Entre outras coisas, ele mostra que Chomsky cometeu um número enorme de equívocos ao criticar o livro de Skinenr e os behaviorismos e explica o porquê da demora da réplica.
Existem três idéias chave:
Primeiro, que a mente é "cognitiva", isto é, que a mente realmente contém estados mentais, crenças, dúvidas e assim por diante. A visão anterior negava mesmo isto, com a argumentação de que existem apenas relacionamentos "estímulo-resposta" tais como "Se você me pergunta se quero X, eu irei dizer sim". Mas Chomsky mostrou que a maneira mais comum de entender a mente, como ter coisas como crenças e mesmo estados mentais inconscientes, tinha de estar certo.
Segundo, Chomsky argumentou que muitas partes do que a mente adulta podia fazer era "inata". Isto é, embora nenhuma criança nascesse automaticamente sendo capaz de falar uma linguagem, todas as pessoas nascem com uma capacidade poderosa de aprendizado da linguagem que permite a eles dominar muitas linguagens muito rapidamente em seus primeiros anos de vida. Psicólogos subsequentes têm estendido esta tese para além da linguagem de maneira que a mente não é mais considerada um "papel em branco" quando do nascimento.
Finalmente, Chomsky introduziu o conceito de "modularidade", uma característica crítica da arquitetura cognitiva da mente. A mente é composta de uma conjunto de subsistemas especializados que interagem entre si e que apresentam fluxos de intercomunicação limitados. Este modelo contrasta agudamente com a velha idéia segundo a qual qualquer parte de informação na mente poderia ser "acessada" por qualquer outro processo cognitivo. Ilusões ópticas, por exemplo, não "podem ser desligadas" mesmo quando se reconhece serem apenas ilusões.
Crítica da Ciência
Chomsky tem refutado fortemente o deconstrucionismo e as críticas do pós-modernismo à Ciência:
"Tenho passado muito tempo da minha vida a trabalhar em questões como estas, a utilizar os únicos métodos que conheço e que são condenados aqui como "ciência", "racionalidade", "lógica" e assim por diante. Portanto, leio esses artigos com certa esperança de que eles me ajudassem a "transcender" estas limitações, ou talvez me sugerissem um caminho inteiramente diferente. Temo ter me desapontado. Reconheço que isso pode se dever às minhas próprias limitações. Muito frequentemente meus olhos se esgazeam quando leio discursos polissilábicos de autores do pós-estruturalismo e do pós-modernismo. Penso que tais textos são, em grande parte, feitos de truísmos ou de erros, mas isso é apenas um pequeno pedaço dessa coisa toda. É verdade que há muitas outras coisas que eu não entendo: artigos nas edições atuais dos periódicos de Matemática e de Física, por exemplo. Mas existe uma diferença, neste último caso, eu sei como entendê-los, e tenho feito isto em casos de particular interesse para mim; e eu também sei que outras pessoas que trabalham nestes campos podem me explicar seu conteúdo em meu nível, de modo que possa obter uma compreensão (embora às vezes parcial) que me satisfaça. Em contraste, ninguém parece ser capaz de me explicar que o último artigo "pós-isto-e-pós-aquilo" não seja (em sua maior parte) outra coisa que não truísmos, erros ou balbúcios, de maneira que eu não sei o que fazer para prosseguir com eles."[2]
Chomsky nota que as críticas à "ciência masculina branca" são muito semelhantes aos ataques antissemitas e politicamente motivados contra a "Física judaica" usada pelos nazistas para minimizar a pesquisa feita pelos cientistas judeus durante o movimento Deustche Physik:
"De fato, por si só a ideia de uma 'ciência masculina branca' me lembra, eu temo, a ideia de uma "Física judaica". Talvez seja outra inaptidão minha, mas quando leio um artigo científico, eu não consigo dizer se o autor é branco ou se é homem. O mesmo é verdade para o problema do trabalho ser feito em sala de aula, no escritório, ou em qualquer outro lugar. Eu duvido que os estudantes não-masculinos, não-brancos, amigos e colegas com quem que trabalho não ficassem deveras impressionados com a doutrina de que seu pensamento e sua compreensão das coisas seria diferente da "ciência masculina branca" por causa de sua "cultura ou gênero ou raça". Suspeito que "surpresa" não seria bem a palavra adequada para a reação deles."[2]
A influência em outros campos
Modelos Chomskianos têm sido usados como uma base teórica em vários outros campos. A Hierarquia de Chomsky é geralmente lecionada no ensino dos fundamentos da Ciência da Computação. Um sem-número de argumentos da Psicologia evolucionária é derivado dos resultados de suas pesquisas.
O Prémio Nobel da Medicina e Fisiologia de 1984, Niels K. Jerne, usou o modelo gerativo de Chomsky para explicar o sistema imunológico humano, equacionando "componentes de uma gramatica gerativa, com várias características das estruturas das proteínas". O título do trabalho de Jerne agraciado com o prémio foi "A Gramática Gerativa do Sistema Imunológico".
Nim Chimpsky, um chimpanzé que aprendeu 125 sinais da Linguagem Americana de Sinais, teve seu nome inspirado em Noam Chomsky.
Visão Política
Chomsky é uma das personalidades mais conhecidas da política de esquerda americana. Ele se define politicamente na tradição do anarquismo, uma filosofia política que desafia todas as formas de hierarquia com a tentativa de eliminá-las se se mostrarem injustas. Ele se identifica especialmente com a corrente do Anarcossindicalismo, orientada para a defesa do trabalhador. Diferentemente de muitos anarquistas, Chomsky nem sempre lutam contra a política eleitoral: ele tem mesmo apoiado candidatos a cargos públicos. Ele se descreve como um "companheiro de viagem" da tradição anarquista em oposição ao anarquismo puro para explicar porque algumas vezes ele aceita colaborar com o Estado.
Chomsky também tem dito que ele se considera politicamente, na verdade, um conservador do tipo liberal clássico.[3] Ele também tem se definido como um sionista embora chame a atenção para o fato de que sua definição de sionismo é considerada, por muitos, ser anti-sionista atualmente. Ele diz isso em face de perceber ter havido uma mudança no significado do conceito de "sionismo" desde a década de 1940. Sobre este assunto, em entrevista para a C-Span Book, ele disse:
"Eu sempre apoiei um lar étnico para os judeus na Palestina. Mas isto é diferente de um estado judeu. Há uma forte motivação para um lar étnico, mas se ele deve ser um estado judaico, ou um estado muçulmano, ou um estado cristão, ou um estado branco, é um problema inteiramente diferente".
Além de tudo, Chomsky não gosta dos tradicionais títulos e categorias políticas e prefere deixar sua abordagem falar por ela mesma. Seus principais modos de ação incluem escrever artigos para revistas e livros e proferir palestras engajadas politicamente. Ele tem uma enorme quantidade de apoiadores pelo mundo todo, o que o faz algumas vezes agendar suas palestras com dois anos de antecedência. Chomsky foi um dos principais palestrantes do Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre, Brasil, no ano de 2002.

A visão sobre o terrorismo

Chomsky difere da abordagem convencional pelo fato de ver o Terrorismo de Estado como o problema mais predominante, em oposição ao terrorismo praticado por movimentos políticos marginais. Ele distingue claramente entre o ato de matar civis do ato de atacar pessoal militar e suas instalações. Ele demonstra daí que as causas, as razões e os objetivos não justificam atos de terrorismo. Para Chomsky, o terrorismo é objetivo, não relativo. Ele afirma "Assassinato de civis inocentes é terrorismo, não guerra contra o terrorismo"[4]
Primeiro, temos o fato de que o terrorismo funciona. Ele não falha. Ele funciona. Violência geralmente funciona. Essa é a história do mundo. Em segundo lugar, é um erro de análise muito sério dizer, como comumente é dito, que o terrorismo é a arma dos fracos. Como outros meios de violência, ela é, surpreendentemente e principalmente, na verdade uma arma dos fortes. Tem-se como verdade que o terrorismo é principalmente uma arma dos fracos porque os fortes também controlam os sistemas doutrinários e estes afirmam que o terror dos fortes não conta como terror. Agora, isso está perto de ser universal. Eu não consigo achar uma exceção histórica, mesmo os piores assassinos em massa viam o mundo desta maneira. Veja o caso dos nazistas. Eles não estavam a realizar terror quando estavam ocupando a Europa. Eles estavam a proteger a população local do terrorismo dos partisans. E, à semelhança de outros movimentos de resistência, o que existia era terrorismo. E o que os nazistas estavam a praticar era o contra-terrorismo.

Crítica ao governo dos Estados Unidos da América

Chomsky tem sido um crítico coerente e contundente do governo norte-americano. Em seu livro 9-11, uma série de entrevistas sobre os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, ele afirma, como já tinha afirmado antes, que o governo dos Estados Unidos da América é o estado terrorista líder, nos tempos modernos.
Chomsky tem criticado o governo do seu país pelo seu envolvimento na Guerra do Vietnã e no mais amplo conflito da Indochina, assim como pela interferência em países da América Central e da América do Sul e pelo apoio militar a Israel, Arábia Saudita e Turquia. Chomsky focaliza sua crítica mais intensa nos regimes amigos do governo dos Estados Unidos da América enquanto critica seus inimigos oficiais - como a antiga União Soviética e Vietnã do Norte somente de passagem. Ele explica este comportamento com o seguinte princípio: "é mais importante avaliar ações que você tem mais possibilidade de influenciar." Sua crítica da antiga União Soviética e da China tem tido algum efeito nesses países pois ambos os governos censuraram seu trabalho, com o banimento da publicação de seus livros.
Chomsky tem repetidamente enfatizado sua teoria de que a maior parte da política externa dos Estados Unidos da América é baseada no "perigo do bom exemplo" o qual ele diz que é um outro nome para a teoria do dominó. O "perigo do bom exemplo" é representado por um país que conseguisse se desenvolver com sucesso independentemente do capitalismo e da influência dos Estados Unidos da América e desta maneira apresentasse um modelo para outros países nos quais este país tem fortes interesses econômicos.
Isto, diz Chomsky, tem feito com que o governo norte-americano repetidamente intervenha para impedir movimentos "socialistas" e outros movimentos "independentes" mesmo em regiões do mundo nas quais ele não tem interesses econômicos e de segurança significantes. Em um de seus mais famosos livros, What Uncle Sam Really Wants, Chomsky utiliza esta teoria particular como uma explicação para as intervenções do governo norte-americano na Guatemala, no Laos, na Nicarágua e em Granada.
Chomsky também acredita que as políticas da Guerra Fria do governo norte-americano não foram inteiramente modelados pela paranóia anti-soviética mas, mais que isso, buscava a preservação da ideologia econômica e ideológica norte-americana no mundo. Como escreveu em seu livro Uncle Sam: "O que os Estados Unidos da América querem é 'estabilidade', e isto quer dizer segurança para as classes altas e para as grandes empresas multinacionais".
Embora quase sempre seja um crítico da política externa do governo norte-americano, Chomsky também sempre tem expressado sua admiração pela liberdade de expressão usufruída pelos cidadãos desse país em grande número de suas entrevistas e livros. Mesmo em relação a outras democracias ocidentais, tais como a França e o Canadá, menos liberais na defesa da liberdade de debater que os Estados Unidos da América, Chomsky não hesita em criticar esses países por isto, como mostra o affair Faurisson. Esta sutileza parece não ser notada pelos críticos de Chomsky, os quais consideram sua visão da política externa americana como um ataque a todos os valores da sociedade americana.
Visão sobre o socialismo

Chomsky se opõe profundamente ao sistema de "capitalismo de estado da grande empresa" praticado pelos Estados Unidos da América e seus aliados. Ele apóia as idéias anarquistas (ou "socialistas libertários") de Mikhail Bakunin e exige liberdade econômica além do "controle da produção pelos próprios trabalhadores e não por proprietários e administradores que os governem e tomem todas as decisões".
Chomsky refere-se a isto como o "socialismo real" e descreve o socialismo no estilo soviético como semelhante, em termos de controle totalitário, ao capitalismo no estilo norte-americano. Ambos os sistemas se baseiam em tipos e níveis de controle mais do que em organização ou eficiência. Na defesa desta tese, Chomsky refere por vezes que a filosofia da administração científica proposta por Frederick Winslow Taylor foi a base organizacional para o maciço movimento de industrialização soviético e, ao mesmo tempo, o modelo de empresarial norte-americano.
Chomsky tem buscado iluminar os comentários de Bakunin sobre o estado totalitário como uma previsão para o brutal estado policial que iria se instaurar em seguida à revolução soviética. Reafirma a opinião de Bakunin: "…após um ano [..] a ordem revolucionária irá se tornar muito pior que a do próprio czar" que é construída sobre a idéia de que o estado tirano soviético era simplesmente um crescimento natural da ideologia de controle de estado bolchevique. Ele também chamou o comunismo soviético de "falso socialismo" e disse que, contrariamente ao que muitos nos Estados Unidos diziam, o colapso da União Soviética devia ser considerada uma "pequena vitória para o socialismo" e não para o capitalismo.
Em "For Reasons of State", Chomsky advoga que ao invés de um sistema capitalista no qual as pessoas sejam "escravos assalariados" ou um estado autoritário no qual as decisões sejam tomadas por um comitê central, uma sociedade devia funcionar sem pagamento do trabalho. Ele argumenta que as pessoas de todas as nações deviam ser livres para realizar os trabalhos que escolhessem. As pessoas deveriam ser livres para fazer o que eles quisessem e o trabalho que eles voluntariamente escolhessem deveria ser ao mesmo tempo "recompensador em si mesmo" e "socialmente útil". "A sociedade seria dirigida sob um sistema de anarquismo pacífico sem a necessidade das instituições do "estado" ou do "governo". Os serviços necessários mas que fossem fundamentalmente desagradáveis – se existissem -, seriam também igualmente distribuídos a todos.

Análise dos meios de comunicação de massa

Outra parte importante do trabalho político de Chomsky é a análise dos meios de comunicação de massa (especialmente dos meios norte-americanos), de suas estruturas, de suas restrições e do seu papel no apoio aos interesses das grandes empresas e do governo americano.
Diferentemente dos sistemas políticos totalitários, nos quais a força física pode ser facilmente usada para coagir a população como um todo, as sociedades mais democráticas como os Estados Unidos da América precisam se valer de meios de controle bem menos violentos. Em uma fase freqüentemente citada, Chomsky afirma que "a propaganda representa para a democracia aquilo que o cacetete (isto é, a polícia política) significa para o estado totalitário."[5]
Em A Manipulação do Público,[6] livro escrito em conjunto por Edward S. Herman e Noam Chomsky, os autores exploram este tema em profundidade e apresentam o seu modelo da propaganda dos meios de comunicação com numerosos estudos de caso extremamente detalhados para demonstrar seu funcionamento. Para uma análise completa deste modelo veja Teoria da Propaganda de Chosmky e Herman.
Um viés social pode ser definido como inclinação ou tendência de uma pessoa ou de um grupo de pessoas que impede julgamentos e políticas imparciais e justas para a sociedade entendida como um sistema social integral.
A teoria de Herman e Chomsky explica a existência de um viés sistêmico dos meios de comunicação em termos de causas econômicas e estruturais ao invés de uma conspiração criada por algumas pessoas contra a sociedade.
Em resumo, o modelo mostra que esse viés deriva da existência de cinco filtros que todas as notícias precisam ultrapassar antes de serem publicadas e que, combinados, distorcem sistematicamente a cobertura das notícias pelos meios de comunicação.
1. O primeiro filtro - o da propriedade dos meios de comunicação - deriva do fato de que a maioria dos principais meios de comunicação pertencem às grandes empresas (isto é, às "corporations").
2. O segundo - o do financiamento - deriva do fato dos principais meios de comunicação obterem a maior parte de sua receita não de seus leitores mas sim de publicidade (que, claro, é paga pelas grandes empresas). Como os meios de comunicação são, na verdade, empresas orientadas para o lucro a partir da venda de seu produto - os leitores! - para outras empresas - os anunciantes! - o modelo de Herman e Chomsky prevê que se deve esperar a publicação apenas de notícias que reflitam os desejos, as expectativas e os valores dessas empresas.
3. O terceiro filtro é o fato de que os meios de comunicação dependem fortemente das grandes empresas e das instituições governamentais como fonte de informações para a maior parte das notícias. Isto também cria um viés sistêmico contra a sociedade.
4. O quarto filtro é a crítica realizada por vários grupos de pressão que procuram as empresas dos meios de comunicação para pressioná-los caso eles saiam de uma linha editorial que esses grupos acham a mais correta (isto é, mais de acordo com seus interesses do que de toda a sociedade).
5. As normas da profissão jornalista, o quinto filtro, referem-se aos conceitos comuns divididos por aqueles que estão na profissão do jornalismo.
O modelo descreve como os meios de comunicação formam um sistema de propaganda descentralizado e não conspiratório que, no entanto, é extremamente poderoso. Esse sistema cria um consenso entre a elite da sociedade sobre os assuntos de interesse público estruturando esse debate em uma aparência de consentimento democrático mas atendendo os interesses dessa elite.
No entanto, isso é feito às custas da sociedade como um todo que, naturalmente, compõem-se de mais pessoas que aquelas que compõe sua elite. Uma conspiração, nos Estados Unidos da América, é um acordo entre duas ou mais pessoas para cometer um crime ou realizar uma ação ilegal contra a sociedade. Para os autores o sistema de propaganda não é conspiratório porque as pessoas que dele fazem parte do sistema não se juntam expressamente com o objetivo de lesar a sociedade mas é isso mesmo que acabam fazendo em função dos viéses descritos.
Chomsky e Herman testaram seu modelo empiricamente tomando "exemplos pareados", isto é, pares de eventos que são objetivamente muito semelhantes entre si, exceto que um deles se alinha aos interesses da elite econômica dominante, que se consubstanciam no interesse das grandes empresas, e o outro não se alinha.
Eles citam alguns de tais exemplos para mostrar que nos casos em que um "inimigo oficial" da elite realiza "algo" (tal como o assassinato de um líder religioso), a imprensa investiga intensivamente e devota uma grande quantidade de tempo à cobertura dessa matéria. Mas quando é o governo da elite ou o governo de um país aliado que faz a mesma coisa (assassinato do religioso ou coisa ainda pior) a imprensa minimiza a cobertura da história.
De maneira crucial, Herman e Chomsky também testam seu modelo num caso que muitas vezes é tomado como o melhor exemplo de uma imprensa livre e agressivamente independente: a cobertura dos meios de comunicação da Ofesiva do Tet durante a Guerra do Vietnã. Mesmo neste caso, eles encontram evidências que a imprensa estava se comportando subservientemente aos interesses da elite.
A despeito de todas as evidências - e exatamente como ele próprio prediz! - o modelo de propaganda (e a maior parte da política de Chomsky) tem sido olimpicamente ignorada ou distorcida pelos meios de comunicação (e sem nenhuma refutação). Controle da Mídia - os espetaculares feitos da propaganda, livro que reúne conferências sobre o assunto e saiu no Brasil em 2000, publicado pela Graphia Editorial com tradução de Antonio Augusto Fontes, resume exemplarmente a questão.
Chomsky e o Oriente Médio
"Chomsky cresceu … dentro de uma tradição cultural hebraica e sionista ".[7] Seu pai era um dos mais distinguidos eruditos da língua hebraica e ensinava em uma escola religiosa. Chomsky também tinha tido uma fascinação e um envolvimento de longa data dentro da esquerda sionista. Como ele mesmo descreveu:
"Eu estava profundamente interessado nos....assuntos e nas atividades sionistas - isto é, naquilo que na época era considerado sionismo - embora as mesmas idéias e preocupações sejam atualmente chamdas de anti-sionistas. Eu estava interessado em opções socialistas e bi-nacionalistas para a Palestina, nos kibbutz e no sistema de trabalho cooperativo integral que tinha se desenvolvido nos assentamentos judeus realizados lá (o Yishuv)… As vagas idéias que eu tinha nesse tempo (1947) eram ir à Palestina, talvez a um kibutz, tentar envolver-me nos esforços de cooperação árabe-judaico dentro de uma estrutura socialista oposta ao sistema profundamente antidemocrático de um estado judeu (uma posição que era muito bem considerada dentro da ala dominante do sionismo)".[8]
Ele critica fortemente a política de Israel diante dos vizinhos palestinos e árabes. Entre muitos artigos e livros sobre este tema, seu livro The Fateful Triangle é considerado um dos principais textos que se opõem ao tratamento que Israel dá aos palestinos e o apoio que os Estados Unidos dão aos governos israelenses.
Chomsky também condenava o papel de Israel na "liderança do terrorismo de estado" quando realizava a venda de armamentos para a África do Sul (nos tempos do apartheid) e para países da América Latina governados por, na caracterização de Chomsky, governos-títeres dos americanos, como por exemplo a Guatemala na década que se inicia em 1980. Ele condenava também os paramilitares de direita apoiados pelos norte-americanos (ou, de acordo com Chomsky, terroristas) tais como os contra-nicaraguenses[9]
Além disso, ele tem constantemente condenado pelos Estados Unidos darem seu apoio militar, financeiro e diplomático incondicional aos governos israelenses que se sucedem no tempo.
Chomsky caracteriza Israel como um "estado mercenário" dentro do sistema de hegemonia dos Estados Unidos. Ele também tem criticado ferozmente setores da comunidade judaica por seu papel em obter esse apoio incondicional dos americanos, afirmando que "eles devem mais propriamente ser chamados de 'apoiadores da degeneração moral e, em última análise, da destruição de Israel'".[10] Ele afirma da Liga Anti-Difamação (ADL, das inciais do nome da organização em inglês):
"O órgão oficial líder da monitoração do anti-semitismo, a Liga Anti-Difamação do B’nai B’rith interpreta o anti-semitismo com uma falta de vontade em conformar-se a suas exigências no que diz respeito ao apoio às autoridades israelenses… A lógica é clara e direta: anti-semitismo é a oposição aos interesses de Israel (como entendidos pela ADL).
A ADL virtualmente abandonou seu papel anterior de organização de direitos civis, tornando-se 'um dos pilares principais' da propaganda de Israel dentros dos Estados Unidos, como por acaso a imprensa israelense a descreve, engaja em vigilância, criação de listas negras, compilação de dossiês ao estilo do FBI que são circulados entre os associados com o objetivo de difamação, respostas públicas raivosas contra críticas feitas a ações realizadas por Israel e assim por diante. Esses esforços, sublinhados por insinuações ou acusações diretas de anti-semitismo, têm como objetivo defletir ou minar qualquer oposição às políticas de Israel, incluido aqui sua recusa, com o apoio dos Estados Unidos, de revisar sua política geral de assentamentos de colonos judeus."[11]
As críticas
As fortes críticas que Chomsky faz ao conhecimento convencional que as pessoas têm das áreas de Política e História o transformaram em uma figura controversa. Isto faz com que ele, por sua vez, também acabe sofrendo muitas críticas.
Algumas pessoas o acusam de usar citações e fatos fora de contexto para apoiar seus argumentos ou de citar fontes de legitimidade duvidosa. Muitos também o acusam de tolerar, simpatizar ou minimizar as ações dos estados e grupos hostís aos Estados Unidos da América e que esta posição faz com que seu trabalho seja excessivamente centrado em uma abordagem "antiamericana". A abordagem chomskiana da política americana seria, portanto, parcial.
Entretanto, Chomsky frequentemente acaba por demonstrar que a maior parte das críticas desses grupos são exageradas e distorcidas. Por exemplo, em seu livro "Depois do Cataclisma: Pós-guerra da Indochina e a Reconstrução da Ideologia Imperialista", Chomsky e Ed Herman afirmam que os meios de comunicação americanos utilizaram testemunhos não consubstanciados de refugiados além de distorcerem fontes relacionadas às atrocidades do Khmer Vermelho com o objetivo de servir objetivos propagandísticos do governo norte-americano na esteira da Guerra do Vietnã.
Algumas das pessoas atingidas pelas correções de Chomsky têm admitido seu erro. O jornalista Jean Lacouture, do New York Review of Books, escreveu que "as correções feitas por Noam Chmosky em meu artigo sobre o Camboja causaram-me grande pesar", admitiu ter feito "sérios erros nas citações" desde a inclusão de fontes "questionáveis" para os números sobre as vítimas assassinadas, e diz que esses erros lhe trouxeram dúvida sobre "a causa que estava tentando defender". Mesmo assim, Lacouture em seguida afirma que "embora tivesse que me considerar culpado pelos erros nos detalhes do meu artigo, eu me considero inocente no que concerne ao seu argumento fundamental". Isto é, talvez na verdade ele não aceite as correções.
Mas alguns críticos, tais como Anthony Lewis, então colunista do New York Times, acusou Chomsky de fazer apologia do Pol Pot. Chomsky contra-argumentou ao dizer que ele sempre reconhecera as atrocidades e a opressão desse regime, por exemplo, afirmando no início dolivro "Depois do Cataclisma" que "não há dificuldades em documentar as enormes atrocidades e opressão (sofridas pelos cambojados por parte daquele regime), primariamente testemunhadas por refugiados".
Em Consenso Fabricado (igualmente escrito em co-autoria com Ed Herman), Chomsky responde:
"Como também notamos no primeiro parágrafo de nosso mais recente livro sobre este assunto (isto é, After the Cataclysm…) quando consideramos melhor os fatos, podemos concluir que as mais extremas condenações ao Khmer Vermelho são realmente corretas. Mas mesmo que assim seja, de nenhuma maneira isso deve alterar as conclusões a que nós chegamos sobre as questões centrais equacionadas aqui: os fatos disponíveis foram selecionados, modificados ou algumas vezes inventados para criar uma certa imagem a ser oferecida à população em geral. A resposta a esta situação parece clara e não pode ser afetada pelo que quer que se descubra no Camboja no futuro…"
"Uma revisão desse impressionante exercício de propaganda causa grande ultraje - o que não é muito surpreendente: a resposta e as razões para esta situação são semelhantes ao que acontece dentro do mundo soviético quando seus dissidentes expõem as propagandas fabricadas contra os Estados Unidos, Israel e outros de seus inimigos oficiais."
"Articulistas indignados chegaram a nos retratar como "apologistas dos crimes do Khmer Vermelho" em um estudo que denunciava as atrocidades do Khmer Vermelho (um fato sempre suprimido) e, em seguida, dizia qual notável era o caráter da propaganda Ocidental, nosso assunto, através de um estudo de dois volumes no qual tal capítulo aparecia."
Alguns pesquisadores que realizaram uma revisão desta controvérsia, como Milan Rai consideram que ela foi parte de uma campanha de propaganda contra Chomsky, campanha esta desenhada para gerar uma necessidade de "defesa interminável" em resposta a críticas de maneira que ele tivesse de distrair sua atenção de problemas mais substantivos.
Chomsky também foi criticado por mencionar em uma entrevista que deu a Salon.com notícias oriundas da organização não governamental Human Rigths Watch e da Embaixada Alemã que informavam que um ataque norte-americano às instalações da fábrica de medicamentos de al-Shifa provavelmente tinha causado dezenas de milhares de mortos entre civis sudaneses moradores próximos..[12]
Os críticos não contestaram os números horripilantes da notícia, mas apenas disputaram qual das instituições fez explicitamente tal afirmativa. Por exemplo, o autor neoconservador Christopher Hitchens afirmou que "De qualquer maneira, esse é um jeito muito vulgar, aritmético e pragmático de se utilizar um argumento. Se você quer fazer isso, então use fatos e números errados, assim você está realmente 'f…'. Você está duplamente 'f… '..[13]
Já o autor direitista australiano Keith Windschuttle apenas concluiu que Chomsky é um mentiroso..[14]
David Horowitz
O autor direitista americano David Horowitz é um dos mais estridentes críticos de Chomsky. Ele tem definido Chomsky como o "Aiatolá do Ódio Anti-Americano" e o "intelecto mais traiçoeiro na América". Ele diz que Chomsky "tem apenas uma mensagem: a de que os Estados Unidos são o Grande Satã". Entretanto, embora afirme que "é fácil demonstrar que todas as afirmações de todas as páginas existentes em todos os livros que Chomsky tem escrito são fatos distorcidos", Horowitz em seguida escreve que "realmente não há necessidade" de assim o fazer. Notavelmente ele não explicita quais são esses fatos destorcidos e deixa assim pouca coisa a refutar.
Chomsky, por seu lado, não respondeu em detalhes às alegações de Horowitz afirmando em entrevista que "Eu não li Horowitz. Eu não o li quando ele era um stalinista e eu não o leio hoje."[15] Já esta resposta foi contra-argumentada por Horowitz, que disse que ele de fato nunca foi stalinista e que Chomsky de fato teria lido e analisado seus escritos no passado..[16]
Entretanto, em artigo publicado pelo The Guardian, um autor da Ramparts Magazine descreve Horowitz como ex-stalinista.[17] Outro artigo, da National Review, também menciona Horowitz como antigo stalinista.[18]
Acusações de anti-semitismo
O affair Faurisson é o nome de uma grande controvérsia em que Chomsky se envolveu ao escrever um ensaio em defesa da liberdade de expressão de Robert Faurisson, um autor que nega que o Holocausto dos judeus tenha realmente existido. Esse ensaio de Chomsky foi então usado como uma introdução ao livro escrito por Faurisson. Chomsky defendeu Faurisson por causa de suas crenças nas liberdades civis mesmo para aqueles que ele sente que são culpados de "crimes de guerra" e reflete a posição advogada por organizações de defesa da liberdade civil, como a American Civil Liberties Union. Em várias ocasiões, geralmente por causa do affair Faurisson e de suas críticas a políticos israelenses, Chomsky tem sido acusado de apoiar o anti-semitismo, notadamente no livro de Werner Cohn cujo título é "Partners in Hate: Noam Chomsky and the Holocaust Deniers" (ISBN 0-9645897-0-2).[19]
Chomsky respondeu às alegações de Cohn chamando-o de um "mentiroso patológico"..[20] Em 2002, o presidente da Universidade Harvard Lawrence Summers chamou a atenção ao dizer que a "campanha liderada por Chomsky" para que as universidades americanas se afastem de empresas com capital de israelenses "é uma campanha anti-semítica em seus efeitos, se não for em intenção". Os pontos de vista que Chomsky tem expressado sobre estes assuntos tem feito com que, ocasionalmente, seus adversários políticos, pricipalmente alguns eruditos judeus americanos, o acusem de apoiar o fascismo. De fato, Chomsky vê com ceticismo essa campanha embora ele diga que "a compreende e simpatize com os sentimentos subjacentes daqueles que a propõem..[21]
Crítica recebida dos ativistas palestinos
Embora rotineiramente condene as ações dos governos israelenses no conflito israelo-palestino, Chomsky recentemente vem sofrendo ataques de ativistas pró-palestinos por sua defesa de um plano relativamente moderado que propõem dois Estados, o de Israel e o da Palestina, na região.[22][23]
Chomsky disse que propostas sem significante apoio internacional não são metas realísticas e respondeu que: "Estou aqui tentando defender as coisas muito seriamente: proponho algum tipo de programa de ação que seja factível, que não tenha ilusões; como por exemplo aqueles que propõem "ações apenas com base em princípios", que consideram apenas o "realismo" da vida – isto é, que não consideram o destino das pessoas que sofrem".[24]